05/05/2009

Terminada a palhaçada...

Enquanto limpava minha maquiagem diante do espelho me senti como um palhaço tirando a pintura com a qual ele se apresenta ao seu público no picadeiro.
Me senti como a atriz que, terminada a peça, vai até o camarim e tira a máscara da personagem, deixando a mostra sua verdadeira face, bem mais triste e feia do que a personagem vista por todos no palco, porém real.
Será que alguém ja sentiu a mesma coisa que eu e pensou o mesmo que eu numa merda de momento assim??

11 comentários:

  1. olá, Nathália!
    obrigada pela visita ao meu blog!
    finalmente alguém entendeu exatamente o que eu quis com o post (mexendo lá na ferida!)
    beijos!

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  3. Douglas Ramos Antonio5 de maio de 2009 às 23:26

    Acredito fielmente que quando nos deparamos com a situação que a senhorita sentiu no texto acima, nada mais é do que o sentimento de quando acordamos de um momento mágico, porém surreal na sua existência e que estamos realmente ali, diante do espelho, vendo o nosso eu cansado, judiado do viver e acordando para a vida mais uma vez, nas inúmeras vezes que isso acontece. Seja qual foi o seu momento "luzes e holofotes" do picadeiro, seja bem vinda a realidade mais uma vez! Mas relaxe, não mais que alguns pores-de-sol e você estará radiante novamente, bela, diante do seu público!

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  4. Olha, o dia em que eu mais usei maquiagem foi quando apresentei uma peça chamada "Balei da Curva". Não sou muito disso. Sou "cara-limpa" mesmo. rs
    Mas tem um conto da Clarice Lispector que se chama "Ele me bebeu" e tem isso de como a maquiagem transforma a gente. Num dia a moça está lá deslumbrante pra quem vê, no outro, por causa da inveja do maquiador, ela ficou apagada e com a afirmativa do título na boca.

    Bem, só lendo pra entender. rs

    Beijos, moça

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  5. =Douglas, só vc mesmo... Você sempre me anima! Obrigada!!

    =Stella, Clarice Lispector, apesar de um pouco prolixa, é ótima mesmo! O que fez eu me sentir ruim não foi nem a maquiagem em si, mas o que ela representa. Ela representou pra mim, naquele momento, os artifícios que muitas vezes usamos para fugir de nós mesmos, para fugir da nossa realidade. E esses artifícios não são necessariamente físicos. Ah, não sei explicar... na verdade eu sou bem mais prolixa que a CL, como o agravante de que quase nunca consigo expressar o que eu quero. rs

    Bjos

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  6. com certeza! tirar a maquiagem sempre foi um ritual meio deprê pra mim, só que eu nunca tinha pensado nisso. que gênia você! rsrs

    um beijo.

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  7. Lembra do final do Ligações Perigosas? Glenn Close tirando a maquiagem, para mim, é a cena mais significativa de todo o filme!

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  8. Não sei o que lhe aconteceu, mas já em senti assim um bocado de vezes...

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  9. Infelizmente me sentir assim é mais frequente do que eu gostaria.
    Descer do salto, tirar a blusa que valoriza o corpo, remover a maquiagem e no fim das contas se perguntar o que é aquilo que sobrou diante do espelho...

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