18/04/2009

Aquele cartaz da Alemanha...

E se eu aceitasse a idéia daquele convidativo cartaz e fosse pra Alemanha?
E minha mãe e irmão? Não sei se a grana pagaria as contas. Não sei se a grana pagaria o peso de ser uma mulher latina sozinha na Europa...

Se eu vir que não rola, volto pro Brasil e ponto final. Mas... e pra arrumar outro emprego aqui? E a facul? AAAAaaaaaaaaaaii!!!! Sempre me prendendo a essas questões...
Mas talvez lá eu estaria tão presa quanto aqui. Talvez...

Tentar não custa. Ou talvez custe um precioso tempo da minha vida e meu emprego também.
Como saber se eu não fizer?

Talvez eu encontre o que eu procuro, ou ao menos encontre o caminho para continuar a procurar. Ou talvez o Vercillo já tenha me respondido quando disse que "o eterno aprendizado é o próprio fim". É, o eterno aprendizado É mesmo o próprio fim, gosto dessa idéia.

Quanto a me arriscar nessa viagem...

17/04/2009

Lembrei outra vez...

Tem coisas que a gente não quer pensar mas não tem jeito... simplesmente quando menos esperamos, estamos pensando.
É como na música da Vanessa da Mata: "Peço tanto a Deus para lhe esquecer, mas só de pedir me lembro."

Não, isso não é paixonite (ou é?), mas tem coisas que são assim e ponto.

14/04/2009

É de verdade, juro!


Não copiei de nenhum site pela net, não scaniei de nenhum folheto de agência de turismo e nem fiz a foto e a modifiquei com programas de tratamento de imagem.

A luz perfeita é a luz do sol. A combinação perfeita de cores foi feita pela natureza. O conjunto rio-montanha-mar já estava lá, não fui eu que reuni pra fazer a foto. É tudo do jeito que tá aí e ponto.

A foto foi feita por mim numa máquina fotográfica comum. O lugar é que não é comum...
(06/04/09)

Tudoaomesmotempoagora (29/03/09)

Tô sentindo uma necessidade enorme de colocar alguma coisa pra fora, de escrever pra desabafar. Tantas coisas me aconteceram... E algumas continuam a acontecer. Isso tudo mexeu comigo.
Os sentimentos estão muito desorganizados dentro do meu peito e a desorganização é tanta que não os consigo distinguir com clareza. Não sei exatamente o que eu penso, o que eu sinto, não sei o que eu posso esperar e planejar daqui pra frente por que não entendo o que aconteceu.
Tem uma imensa ansiedade de conseguir o que eu quero misturada com uma pontinha de desesperança. Tem uma sensação de não saber o que eu quero. Tem uma alegria eufórica e entusiasmada que não se desgruda da noção de realidade, noção essa que me faz perder a euforia e por os pés no chão. É tudo tão lindo que talvez não seja real. Tem um pouquinho de tristeza que cria uma névoa entre meus olhos e a sensação de satisfação pelos acontecimentos recentes. Tem uma certeza firme de que é isso que eu quero pra mim. O sabor do novo me faz flutuar, leve e solta, enquanto a responsabilidade exerce uma força mais forte e mais poderosa que a força da gravidade. É bom, mas é ruim.
Sei lá! Tem isso e muito mais, queria escrever mas não sei como. Não dá pra expressar algo que eu não sei o que é. Me sinto um tanto barroca. É o carpe diem de um lado e os valores tradicionais do outro. Praticamente um teocentrismo medieval e um renascimento classissista dentro de mim. tudoaomesmotempoagora. Tudo forte, contante, intenso, pulsante. É visceral.

"Infelicidade é uma questão de prefixo." Guimarães Rosa

E, na minha vida, o prefixo está em desuso.Experimentei uma felicidade sem prefixo, sem pretexto, sem quês, sem porquês. Ser feliz por ser feliz. E só. Pro meu próprio bem, sem depender de nada nem de ninguém.
Uma felicidade simples, pura.Sem ser feliz para mostrar minha felicidade. Sendo feliz pelo fato de ser feliz.
Achei que tivesse sido fogo de palha. Mas não. Tá aqui, firme e forte a minha infelicidade sem prefixo. E me fez bem, me fez muito bem!
(Postado em 09/03/09 no meu blog antigo)

Menção honrosa à menção honrosa

De quando em quando, uma vez por semana para ser mais precisa, entro nos blogs que acompanho para ler as atualizações e procurar outros blogs interessantes. Hoje foi dia.

De manhã entrei no blog Garota no Hall. Haviam 3 novas postagens. Li todas. A última que li foi a mais interessante pois estava "comentando o que foi comentado" no blog dela.

Eu me vi ali. Sim, me vi ali; e dessa vez não é no sentido figurado, não foi questão de identificação com o que estava escrito. Era eu de verdade, ou melhor: um comentário meu sendo honrosamente mencionado pela Garota no Hall. Fiquei feliz!

(Publicado em 04/03/09 no meu blog antigo)

Terminei de ler "Noites Brancas" do Dostoiévski.

Sempre ouvi excelentes críticas sobre o autor, mas nunca havia lido nada dele. Resolvi começar por Noites Brancas porque é um conto, e portanto é curto, e porque li que o causo escrito era meio que auto biográfico, donde concluí que seria possível, através dessa leitura, conhecer um pouquinho da essência do autor.

Não gostei. Mas também não posso dizer que desgostei. Simplesmente não me trouxe nada, não me causou sensação nenhuma. É bem escrito, mas um tanto cansativo. É Realismo, e como quase tudo o que é real tem um final infeliz; e eu gosto disso. Mas desse final eu não gostei. Enfim, não me fez diferença alguma essa leitura.

Apesar disso não desisti de Dostoiévski. Quando me der vontade e quando eu tiver tempo, leio alguma outra obra dele.

(Publicado em 27/02/09)

Um comentário

Quanto stress! Quanta comoção da galera!

Já tem gente até chamando o Rafa de retardado e dizendo que ele tem a intenção de nos enganar. As pessoas estão levando tudo muito a sério... Isso faz mal pro coração e pra alma! Meu, ele tá no blog dele e portanto escreve o que quiser. Quem não gostar do conteúdo tem total liberdade de deixar de ler. Claro que como fãs, admiradoras e tudo mais, nos preocupamos com a integridade dele, mas insultá-lo, julgá-lo e condená-lo por um crime que se quer sabemos se ele cometeu, já é demais.

O Loreno, sendo real ou não, serve como reflexão para todos nós. E isso basta. Invenção, conto, realidade, maluquice, desvio psicológico, desabafo... NÃO IMPORTA! Se viemos até aqui, lemos, aompanhamos, e principalmente se gostamos do Rafa e do trabalho dele, precisamos, acima de tudo, RESPEITAR e procurar curtir e aprender com o lado bacana dessa história!

Bjs!

(Postado em 18/02/09 no meu blog antigo)

Recado dado!! (17/02/09)

"Abraça tua loucura antes que seja tarde demais"
(Caio Fernando Abreu)

Museu da Língua Portuguesa


A foto foi tirada de dentro do ônibus, em algum lugar entre a Barra Funda e a Lapa.
Acho lindo o reflexo que essas luzes amarelas de poste fazem nas calçadas e nas fachadas de prédios. O reflexo fica ainda mais bonito nas poças d´agua que se formam nas ruas esburacadas e nas gotinhas de chuva que ficam nos vidros dos carros.

Sábado peguei uma chuva daquelas. Levei HORAS, mais de 3 certamente, para fazer um caminho que poderia ter sido feito em 50 minutos ou 1 hora. Fiquei literalmente ilhada dentro da estação Barra Funda por mais de 1 hora. O pior é que no fim das contas não consegui pegar o trem. Tive que pegar dois ônibus (além do metrô que já havia sido usado da Luz até a Barra Funda) pra chegar em casa.
E tudo isso por que?? Porque São Paulo parece ser feita de açúcar, não pode cair uma gota d´água sobre a cidade que tudo se desmancha. Tá, não foi só uma gota d´água, foi na verdade uma chuva pesada e demorada. Mas o que importa é que, forte ou fraca, garoínha ou toró, a chuva sempre deixa São Paulo um caos e que sábado a noite a cidade pareceu se desfazer, e eu, que saí do museu as 18hs, cheguei em casa pouco depois das 22hs.

Sim, museu. Fui ao Museu da Língua Portuguesa. (Aí está a relação entre o título do post e a foto. Eu a tirei quando voltava do museu). E que lugar maravilhoso! Foi a minha segunda visita a esse museu, e nesta vez não me maravilhei menos que na primeira.

Quando o Museu da Língua Portuguesa foi inaugurado, fiquei imaginando o que é que seria exposto alí, já que o acervo, a língua portuguesa, é algo imaterial e portanto não pode ser colocada dentro de uma vitrine ou pintada em quadros e exposta ao público. Seria então uma espécie de museu histórico que nos mostraria o nascimento e desenvolvimento da língua? Quase isso. Minha imaginação foi pelo caminho certo, mas passou longe da genialidade dos idealizadores e realizadores do museu.
Alí as coisas são mais simples do que se imagina e nem por isso menos maravilhoso do que possa parecer. O modo como tudo alí foi preparado, disposto e apresentado ao público é fantástico. O fato do museu não ter aquele aspecto grave, de coisas intocáveis e conteúdos inatingíveis o torna muito diferente e muito mais divertido do que outros museus. Tudo alí é interativo, moderno. O visitante participa da exposição e inclusive pode manusear parte do que está exposto, o que torna a visita lúdica, didática e interessantíssima tanto para adultos quanto crianças.
O Museu da Língua Portuguesa tem três andares. Em dois deles conta com um acervo permanente e em um abriga uma exposição, que é trocada de tempos em tempos, sobre algum escritor (da língua portuguesa, é claro). O autor da vez é nada mais nada menos que Machado de Assis. !!!!!!!!!! Sem palavras pra expressar o quanto eu gosto dele e o quanto a exposição está linda.
A Exposição, que leva o nome de "Mas este capítulo não é sério", nos aproxima do homem e do escritor Joaquim Maria a medida que vai desconstruindo a imagem de "medalhão" e de "imortal" que existe em torno dele e de sua obra respectivamente. Não que Machado não tenha sido um medalhão, menos ainda que sua obra não seja imortal, mas, apesar disso, nem o escritor nem a sua obra são inatingíveis e a exposição nos mostra exatamente isso quando nos apresenta a atualidade, a humanidade, a ironia e a divesão contida na obra Machadiana.

Isso pra mim parece ambíguo e contraditório, pois quanto mais conheço Machado, mais percebo sua humanidade, sua simplicidade e, ao mesmo tempo, percebo sua grandeza, sua genialidade. Quanto mais eu leio sua obra, mais percebo como sua escrita é simples e fluida e ao mesmo tempo complexa e rebuscada. Que difícil e delicioso!

Ainda sobre a exposição, ela foi organizada e dividida em capítulos, como se fosse um grande livro a ser lido e descoberto pelo "visitante-leitor". Esse grande livro segue a mesma linearidade e o mesmo estilo que "Memórias Póstumas de Bras Cubas". Digo o mesmo estilo em ralação a metalinguagem, a ironia, a conversa com o leitor (nesse caso visitante).
Ficar aqui, tentando explicar o inexplicável a quem me lê, não leva a nada. É impossível descrever um sabor com exatidão, e a obra de Machado é saborosíssima. Posso dar todas as referências técnicas da exposição e da obra desse meu querido autor, mas nunca serei capaz de fazer nascer no meu leitor o sentimento que é desperto através da obra machadiana e que a exposição me fez reviver. Desse modo, parafraseio Antonio Candido e vos digo: "O melhor que posso fazer é aconselhar a cada um que esqueça o que eu disse (…) e abra diretamente os livros de Machado de Assis.". Então, experimente e descubra você mesmo a delícia do sabor que lhe falo. Isso é tudo!
(Publicado em 10/02/09 no blog antigo)

Análise (escrita em 01/01/07)

From: Nathália xxxxxx@xxxx.com.br
Date: Mon, 1 Jan 2007 21:46:53 +0000 (GMT)Subject: Re: Analise
To: Gleison Brito xxxx@xxx.com

"Numa moldura abstrata do pensamento, teu sorriso, figura indelével. O tempo só o pode tornar mais belo." (Gleison Brito)
Nathália, analisa e avalia prá mim. Se der peça uma segunda opinião. Bjo!

Bom, é muuuito difícil fazer uma análise, é algo tão pessoal...Muitos sentimentos são indescritíveis, principalmente através depalavras. Mas vamos lá.

Não sei bem que tipo de análise vc gostaria mas eu vou a fazer aminha análise do jeito que eu gosto. Minha primeira impressão foi associar com a musica do Djavan, sabe? Ladeirinha: "o dia é vago quando não a flagro a sorrir para mim...". Então, nãosei se vc se inspirou nela ou se é viagem minha, mas achei grandesemelhança. Talvez o indelével tenha me levado a essa comparação.

Eu nao sabia o que significava indelével e, vergonhosamente, não tenhodicionário em casa. Fiz agora uma busca num dicionárioon-line e descobri. Mas vamos à análise:

"moldura abstrata do pensamento" = pensamento recorrente, imagem,sensação que sempre vem a tona e qdo a gente se dá conta já estápensando naquilo outra vez, já esta sentindo aquilo outra vez, mesmoque seja sem querer. Algo que não á real, que não se vive, que não se vê. É como umafoto que faz parte do passado e que registra uma cena que jamais serepetirá, mas toda vez que vemos esta foto temos a sensação de serreal, de vivenciar o momento e isso nos tras uma sensação gostosa. Essa é a "moldura abstrata do pensamento".

"teu sorriso, figura indelével" = é mais ou menos a foto que nuncamuda. Esta ali um registro fixo, de um dia um dia fixo, num momentofixo, mas é como se esse momento fosse infinito. Esse sorrisoimutável no pensamento é atual, é presente. É desejável sentir ouviver aquilo novamente. É sublime.

"O tempo só pode tornar mais belo". = Dá uma idéia de quereresquecer e nao conseguir. O tempo deveria apagar esse pensamento, mas aquilo é mais forte enão pode ser apagado pelo tempo. O tempo só faz torná-lo mais belo econsequentemente mais desejável.

Falando de uma maneira geral, seu verso e leve e simples, mas aomesmo tempo que é simples é complexo e tras várias sensações que nãopodem ser descritas numa primeira leitura. Eu li várias e várias evárias vezes até conseguir encontrar palavras que mais ou menospudessem transmitir o que eu pensei e senti ao ler.Espero ter sido clara.

bjos
Nathália

Gostei e cliquei

No Mc Donalds da Pamplona

Tudo passa...

Parece que eu estou me fazendo de vítima novamente, mas... poxa vida, por que é que isso sempre acontece comigo?? É como eu li quase agora no Blog do Tas: "O mundo muda e continua o mesmo há muito tempo."
Pelos acasos inexplicáveis da vida conheço alguém. Aos poucos nos aproximamos naturalmente, ou por causa da convivência, ou por causa de afinidades, ou seja lá por qual motivo for. Cria-se uma amizade ou simplesmente uma relação de coleguismo. Trato bem e sou bem tratada. Tudo normal.
Depois de um tempo ouço dizer que a fulana falou que eu..., que a fulana acha que eu..., que a fulana... “Não, a fulana não diria isso”, pensa a tonta aqui. “Fulana e eu não somos lá grandes amigas, mas nos damos bem. Não haveria motivos pra essa falação!”.
Ignoro, deixo passar. Coisa boba, sem razão. Continuo levando minha vida e esse relacionamento normalmente.

Quando menos espero começam as acusações descabidas, as mentiras deslavadas os joguinhos sórdidos, a difamação... os "amigos" acabam por se afastar. O complô vem e vem completo!
Eu sempre chego pra conversar, eu sempre tento saber o porque disso tudo e sempre ouço "é porque eu sempre te odiei" ou "você nunca gostou de mim, fez de tudo pra me prejudicar e agora vai ter o seu troco". !!!!!!

Meu, até ontem conversávamos normalmente, nos tratávamos bem. Me falaram que ela falou mal de mim e eu ainda a defendi. Como dizer agora que eu nunca gostei dela e quis prejudicá-lá??? É sempre assim. E a troco de que????

Pois é, a troco de que?
Uma vez, há uns 8 anos, quando isso me aconteceu pelas primeiras vezes, em uma das nossas “pautas”, o Gleison me disse que essas coisas acontecem comigo por ciúmes, inveja. Na época achei um exagero da parte dele. Afinal, inveja do que? É descabido! Se eu fosse lá grandes coisas... mas eu... enfim.
Mas o tempo passou e de lá pra cá essa mesma situação se repetiu mais umas 6, 7 ou sei lá quantas vezes, com umas 6, 7 ou sei lá quantas pessoas diferentes. Algumas vezes foi quase sem importância mas em outras... que coisa mais visceral! A dor da alma quando é muito forte faz com que o corpo doa também. Tive manchas pelo corpo, crises de choro, emagrecimentos inexplicáveis, minhas unhas se quebraram... e como meu peito doía!
Bem, ainda bem que tudo passa, né?
Passou. E eu recuperei todos os quilos perdidos, já ri sete vezes mais do que chorei, tenho longas unhas (pintadas de pink, começando a descascar, neste momento). O sofrimento passado me moldou e me mudou. Minha personalidade é outra, melhor que a anterior eu acredito. Bem mais forte pelo menos. Meus anceios e desejos, meu modo de ver as pessoas e ver a vida se transformaram porque eu me transformei. Nada nem ninguém passou batido durante essa minha caminhada.
Ganhei experiência, me fortaleci, aprendi, cresci. Afinal, a massa do pão só cresce depois de sovada, não é mesmo? hehe

Essas pessoas parecem lutar pela nossa infelicidade pelo fato delas próprias serem infelizes. Hoje concordo com que o Gleison me disse anos atrás sobre a inveja. Uma vez ouvi que "a maior vingança é ser feliz". Mas parece que é isso mesmo, sabe? Sou sempre taxada de tonta porque nessas situações eu me calo. Aí eu ouço: "você não vai fazer nada?", "Eu se fosse você, ferrava com a vida dela", "Tem sangue de barata mesmo, ah se é comigo...". Mas a minha felicidade é o maior desprazer de quem me quis infeliz. E eu sou feliz!

Todas as vezes que alguém se levantou contra mim eu me calei. E quer saber? Não me arrependo! Tenho alguém por mim, que é fiel. E no mais, esse tipo de gente cedo ou tarde acaba se contradizendo, acaba por se enforcar com a própria corda. E eu? Tô de pé!

Pode ser (e é muito provável) que outros incidentes desse tipo ainda ocorram, mas eu sei que vou me reerguer depois de cada um deles. E a cada vez que eu me levanto, eu me levanto outra. Me levanto com uma força, que eu não sei explicar de onde vem. Aliás eu sei sim de onde vem essa força: vem de Deus. Tão somente de Deus. E isso me basta.

(Publicado em 04/02/09 no meu blog antigo)

13/04/2009

Djavaneando

E em tons tristes. Na verdade mais de tons tristes e menos de Djavan.
Mil vezes "Dupla Traição", "Santa Chuva" e "Diz Que Fui Por Aí".


Fossa!

"De repente fico rindo a toa sem saber por que"


"E vem a vontade de sonhar de novo te encontrar
Foi tudo tão de repente, eu não consigo esquecer"


heheheh

Começo meu post com Bethânia porque além dessa música magnífica não sair da minha cabeça desde ontem a noite, ela expressa um pouquinho do que eu vou falar. Talvez (na verdade muito provavelmente) eu não consiga expressar aqui, com exatidão ou no mínimo clareza, o que eu quero dizer porque além de ser dificílimo descrever sensações e sentimentos, ainda mais através da escrita, é tudo meio confuso e eu tô muito feliz, muito contente, muito... eufórica! Acho que essa é a palavra, eufórica.

Tô numa euforia quase adolescente! No último dia 22/01, também conhecido como ontem, fiz algo que eu nunca tinha feito em toda a minha vida.
O que eu fiz não combina nem nunca combinou em nada com a minha personalidade. Nunca me imaginei fazendo algo parecido e, olhando para trás, ainda não acredito muito bem no que eu fiz. hahah Tô parecendo a Clarice Lispector em "A Hora da Estrela", tô totalmente metalinguística, converso com o leitor, falo de mim, falo do que eu quero contar, falo de como contar... mas não conto logo de uma vez! Vamos então a minha Macabéa, direto ao ponto: Eu aguardei quase duas horas por um bate papo entre um artista e seu público, me propus a disputar espaço com menininhas semi histéricas de 15 anos que são fãs do cara, acompanhei e participei de todo o bate papo que durou pouco mais de uma hora e, para finalizar, esperei entre tantas outras numa fila imensa para entregar uma cartinha que eu fiz (!) e tirar uma foto com o tal cara. Juro mesmo que me senti idiota.

Me senti idiota porque, como já disse, isso não combina nadinha comigo e eu fui ao tal bate papo achando na verdade que pouco haveria alí de bate papo, que tudo se resumiria em fãs enlouquecidas e depois um cara metido a besta autografando e tirando fotos. Ledo engano. Valeu a pena ter ído!!! Valeu totalmente a pena! Me surpreendi com o público que, de modo geral, soube se comportar e participar do bate papo com perguntas pertinentes. O barulho do café que havia ao lado do palco, trouxe certo incomodo para nós ouvintes e para ele que certamente se preparou para aquele momento e demonstrou-se frustrado com a falta de respeito pela sua arte. Houve uma briga entre o tintilhar (essa palavra existe?) de xícaras e colheres o o dedilhar do violão.

Mas o fato é que pouquíssimas pessoas me atraem ou já me atraíram a ponto de eu ir atras, dispor do meu tempo e querer ouvi-lo. Admiro o trabalho do cara, admiro sua personalidade, seus gostos, o modo como ele fala e, principalmente, o modo como ele escreve. Me identifico com ele. Pode parecer bobo, adolescente demais, mas é sério mesmo! Nunca fui fã de blogs, mas o dele eu gosto muito de ler. É inteligente. Inteligentíssimo como diria José Dias (o agregado em "Dom Casmurro"), e para mim isso já é quase tudo. Pessoas inteligentes são, quase sempre, admiráveis, e ele além de tudo é artista... putz! Acho que já escrevi aqui alguma coisa sobre a minha opinião em relação aos artistas, principalmente músico e escritores. (Por artista entenda-se aquele que faz arte, não necessariamente famoso).

Sobre o bate papo: Achei brilhante o paralelo que ele construiu entre Machado e "Nessa Rua" tocado naquela versão. Gostei mais ainda da licença (e criatividade) poética que ele usou para interpretar através da música "O Velho Diálogo de Adão e Eva" e o "De Como Não Fui Ministro D´Estado", dois capítulos de Memórias Póstumas de Bras Cubas (meu livro favorito junto com Cem Anos de Solidão, do García Marques). Sou fã das obras Machadianas. Tudo o que é BEM feito em relação a Machado e sua obra, me emociona e "O Velho Diálogo de Adão e Eva" feito por ele me emocionou.

Acho bacana a consciência que ele demonstra ter a respeito do seu papel enquanto formador de opinião, enquanto pessoa pública em quem muitos acabam se espelhando. Sempre me pareceu que ele faz uso de seu papel público com muita responsabilidade e com muita propriedade, tentando incutir em suas fãs bons hábitos musicais, hábitos de leitura, hábitos de higiene e de cultura de um modo geral. A parte da higiene é brincadeirinha... heheh. Mas o que importa é que ontem constatei que tudo isso é verdade, tudo isso e muito mais. Não vi nele aquela demagogia chata, aquela coisa de obrigação em cumprir um papel social. Não fosse o fato de haver flashs, jornalistas, fãs com cartas quilométricas e toda essa parafernália, ele me pareceria uma pessoa absolutamente comum, como eu e você. (eu sou comum?!?)

Poxa! É legal saber que ainda tem gente que estando em posição de destaque não se use disso só para o próprio crescimento, e que não aja com arrogância ou soberba em relação aos demais. Digo que constatei tudo isso porque ao término do bate papo, enquanto as mais afoitas corriam para tirar fotos e pedir autógrafos, sentei-me na beira do palco e comecei a escrever a cartinha que mais tarde entreguei em suas mãos. Sentada na beira do palco pude acompanhar bem de perto o modo como ele atendia a cada um que chegava, pude até em alguns casos ouvir as conversas. Simpaticíssimo!
Mas o melhor é que eu mesma pude conversar com ele. Sim, eu conversei com ele! E como estou feliz por isso... Aliás não só eu falei com ele, minha mãe também falou pelo meu celular. Ele disse à ela que eu era muito bonita (imagine meu sorriso indo de orelha a orelha...) e minha mãe respondeu que árvores boas dão bom frutos.
Conversei com ele por um tempinho considerável. Ai! O vocabulário rebuscado não é fruto de roteiros bem escritos, o jeitinho charmoso não é para a televisão, as tiradinhas inteligentes também não são de mentirinha. Ele é todo assim, de verdade verdadeira. E ele foi tãaao atencioso comigo! Tirei foto, abracei, beijei, entreguei a tal cartinha, elogiei o fato do papo ter rolado num nível legal, disse que gostei da temática machadiana, ele perguntou se eu trabalhava por ali mesmo (acho que essa pergunta rolou por causa do modo como eu estava vestida), perguntou quantos anos eu tinha, dei minha opinião sobre o blog, ele concordou numa coisinha, deu o parecer dele em outra, fez um comentário aqui, eu fiz outro acolá, blá blá blá... e mais um monte de coisinhas que só são interessantes pra mim. Coisas que me deixaram na maior empolgação. Ai, ai! Ele sabe como fazer uma fã feliz! rsrsr
Quanto a idéia de galã... Sim, ele é meio galã! Mas sinceramente achei que foi muito mais tipo do que da personalidade dele. Eu diria 40% personalidade, o restante era tipo. Uau!! Agora que me dei conta de que estou aqui toda empolgada dizendo que ele isso, ele aquilo, mas não disse quem é ele! Ele é o Rafael Cortez, jornalista, ator, violonista e repórter do CQC. Acho que a fotinho entregou, né? Essa fotinho foi tirada no dia desse nosso encontro... Ai, ai!
(Publicado em 23/01/09 no meu blog antigo)

Foi praticamente uma profecia...

Durante uma revolta feminina ocorrida no fórum de Roma, aproximadamente no ano 110A.C., Catão aconselhou aos homens:

"Se elas vencerem agora, o que não vão tentar? Assim que passarem a ser iguais a vocês, elas terão se tornado superiores a vocês".

Sábias palavras Catão, sábias palavras!

To Romanauskas (Postado em 21/01/09 no meu blog antigo)


De fato a brincadeira da bola de cristal não se faz comumente com desconhecidos pela internet. Isso me assustou um pouco, achei demasiado invasivo.

Sim, você foi taxado de pirado, e não só por mim.
Obrigada pelos elogios, gosto de escrever mas geralmente não gosto do que escrevo. Não tenho escrito ultimamente porque não tenho tido vontade. Estou mais lendo que escrevendo, desse modo me divirto e aprendo e acabo por poupar desavisados que venham me ler e dêm com minhas crises e chatisses pessoais.
Ninguém precisa excluir ninguém nem desconsiderar nada. Basta que cada um ocupe seu próprio espaço e respeite o espaço alheio. Não vejo mal algum em procurar por amigos de adolescência e tentar recuperar as amizades, mas há modos e modos de faze-lo e talvez esse não tenha sido dos melhores...
Brincar através das palavras é mais do que saudável. Brincar com a vida das pessoas através das palavras, pode ser perigoso.
Enfim, sem crise.

Pauta

Ontem nos falamos. E, como sempre, por não menos que 50 minutos. 50 insuficientes minutos.
Já reparou que sempre fica uma listinha de coisas que não podemos nos esquecer de falar em nossas próximas conversas?
Decidi então postar aqui uma pauta para o nosso próximo encontro telefônico.


1) DVD sobre alguma coisa da influência da cultura do Reino. (que não é a pimenta do reino).
2) O que é e o que forma uma cultura? (que não é o canal 2 nem protozoários num vidrinho).
3) Ezequiel 23.
4) Porque é que os pensamentos fogem e mesmo assim temos assunto para mais de 50 minutos? (talvez pq nos ocorram discussões complexas sobre coisas idiotas).


(Postado em 15/01/09 no meu blog antigo)

09/01/09 - Aniv da Mamãe

"Nada no mundo é permanente, e somos tolos em desejar que uma coisa perdure, mas mais tolos ainda seríamos se não a apreciássemos enquanto a temos."

W. Somerset Maugham em "O Fio da Navalha".

(Postado em 09/01/09 no meu blog antigo)

Uma imagem do feriadão de ano novo


(Postado em 05/01/09 no meu blog antigo)

04/01/09

Ouvindo Natiruts.

* Músicos são mais legais, pensam em coisas que eu penso. (?)
* Quero um filho. Não sei se quero casar...
* Vapor que sai do pastel de feira, quentinho e cheiroso, nesse dia meio friozinho.
* Mensagem de texto no meu celular.
* Leve com você só o que for bom, ódio e rancor não dão em nada, nadaaaaa
* Quero voltar pra praia! Tranquilidade total...


(Publicado em 04/01/09 no blog antigo)

Épocas festivas merecem fotos festivas!









Minha Dudinha no dia do aniver do Vi.

(Publicado em 29/12/08 no blog antigo)

Puta merda!

Passei uns 40 minutos escrevendo. Quando fui salvar voltou pra pág inicial sem ter salvo nada!

Aff!!!

Era algo sobre como eu era inteligente antes de descobrir minha ignorância. Na verdade todo mundo sabe muito até descobrir q não sabe nada e que nunca vai chegar a saber.

(Publicado em 26/12/08 no blog antigo)

Outra hora releio e organizo melhor. Acho que essa "outra hora" nunca vai existir...

Nos últimos dias um certo tema tem vindo a tona muito constantemente em minha vida.

Trata-se de algo sobre o qual sempre pensei. Creio, na verdade, que todos algum dia pensaram sobre isso, mas, não sei se por causa da mania de sempre achar que conosco é diferente, ou se porque, de fato, isso é diferente comigo, creio já ter refletido muito mais profundamente sobre essa temática do que a maioria dos mortais ao meu redor.

Falo da vida e do que fazer com ela. Muito mais do que fazer com ela do que dela em si. Por que é que temos que trabalhar? Ganhar dinheiro, comprar carro, casar, ter filhos, tornar-se uma velha estável, avó compreensiva... tudo sempre do mesmo jeito, tudo sempre na mesma ordem... Por que? Para que? Não tenho certeza se é isso que eu quero pra mim.

Por que é que dizem louco o sujeito que não vive conforme as convenções? Esse simplesmente faz o que lhe é interessante ser feito! Por acaso não seria louco aquele que se deixa levar por um ritmo que não é o seu, e faz coisas que não quer fazer pelo simples fato de serem essas as coisas normais e comuns a serem feitas? É legal viver dentro de uma forma e ser obrigado a cortar de si próprio algo de que goste, mas que não cabe na forma?

Eu sei que vivemos num mundo capitalista onde se faz necessário um homem obediente, um homem que se encaixe num determinado padrão, que trabalhe para consumir e que consuma para trabalhar e todo esse blá blá blá, mas... porque não romper com isso?

O homem depende do Estado? Não! Os índios não trabalham (não da forma como compreendemos o trabalho), os índios não têm Estado, não existe democracia, monarquia, legislação, tributos... e nem por isso são uma sociedade desorganizada, uma sociedade sem cultura, sem tradição. O índio não é preguiçoso, ele é ocioso. E isso é bom!

Aliás, qual o problema com o ócio? A origem da escola está no ócio! O ócio é necessário, é tempo de refletir, de aprender, de fazer o que se quer fazer ou de, simplesmente, não fazer. Creio que pensar sobre o pensar seja mais interessante do que somente pensar. E isso não se pode ser feito em outro momento que não no ócio.

Queria eu ter tempo para o ócio! Mas o meu tempo anda ocupado em fazer dinheiro, em trabalhar para pagar as dívidas. Dívidas essas que só possuo porque trabalho. Ou por ventura, se eu não trabalhasse, precisaria comprar ternos, pagar ônibus, andar de unhas feitas, me enquadrar num padrão de beleza, num padrão de vida e de educação pré determinado por alguém que nem me conhece? Tudo bem que estudar é bom, mas estudar para ter um diploma? Isso não é nada bom, isso é ridículo! A gente aprende quando quer aprender ou quando se faz necessário aprender. Mas a necesidade tem que ser nossa, e não de outrem. Se tal assunto não for nosso falo, se não for matéria para a nossa curiosidade, aprende-se de qualquer jeito, decoram-se as coisas, ou, na maior parte das vezes, nem se aprende.

Mas enfim, esse assunto tem vindo a baila mais do que de costume nos últimos dias. Sei de umas pessoas que vivem de fazer o que gostam. Levam uma vida diferente da maioria. Não têm crachá, horário de entrada e de saída, não têm prestação de contas, estudam apenas para melhorar o que já fazem ou porque têm curiosidade sobre algo. O trabalho lhes dá prazer. Vestem-se com o lhes guardam do frio, comem o que mata sua fome. Têm a aparência que querem ter. Confesso que isso me causou uma pontinha de inveja. Não vivem com muito luxo, com muitas propriedades. A vida é simples e agradável. Vivem. R vivem bem. Além do que, para que serve viver com demasiado luxo ou ser possuidor de alguma coisa se não para competir com outros? Pra que? Isso não leva ninguém a nada.

Por outro lado, essas pessoas que vivem de fazer o que gostam recebem olhares de desprezo de uma sociedade que os desprezam e que os poucos que lhes aceitam bem, os chamam de "alternativos" e dizem deles coitados que não puderam ter melhor colocação na vida. Deve ser difícil enfrentar preconceitos e quebrar esse tipo de barreira diariamente. Não seria mais confortável uma vida menos "alternativa"? Quem sabe com algumas posses e algum luxo.Mesmo que o trabalho não seja tão prazeroso, mas os prazeres que o dinheiro, fruto deste trabalho, trará, paga por outros prazeres, tão distantes na vida "alternativa". Ficou confuso. Não consigo expressar com clareza tudo o que estou pensando.

Estou lendo um livro, "O Fio da Navalha", onde a personagem de nome Larry, um rapaz de 20 anos, é colocado diante de um dilema: aceita um bom emprego que lhe fora oferecido, casa-se com uma moça de boa família, torna-se um distinto senhor da mais alta sociedade norte-americana ou vai "vadiar" e buscar sanar, mundo a fora, suas dúvidas e inquietudes? Até onde li, Larry não teve dúvidas em deixar a moça a quem amava e todo o conforto que aquela vida de homem honesto para vadiar pela Europa efervecente do período entre guerras. E eu tive vontade de ir com ele mundo a fora, estudando grego, lendo bons livros, conhecendo gente bacana... chego a estufar meu peito num ímpeto de sei lá eu o que, que me toma a mente e me faz enchergar a mim mesma fazendo o que Larry fez e muito mais. Mas cá estou. Sentada diante de um computador, cansada após um dia de trabalho e anciosa em fazer compras de natal amanhã cedo, na 25 de Março, já que lá é mais barato. Nada mais capitalista, chato e enformado.

Aaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhh!!!! E alguém, pelo amor de Deus, pode me dizer como é que eu faço para me desenformar?? Na verdade eu até sei como faze-lo, mas... e depois? Como me sustento? O que como? Do que vivo?

Cultura, lazer, ócio, conhecimento... enchem a alma, mas não enchem barriga. E o mais importante em nossos dias: não enchem os bolsos. Mas os meus, mesmo trabalhando tanto já estão quase vazios mesmo... Sei, lá, me perco nos meus pensamentos e tudo é muito mais profundo do que o que eu consiga expressar escrevendo e, talvez, muito mais simples do que qualquer homem pudera imaginar. Enquanto não encontro modo de me desenformar, fico aqui, enformada, numa forma quadrada e fria em que fui colocada. E já que estou enformada mesmo, tento, ao menos parecer um bolo gostoso e mais atraente do que outros por aí. Vou dormir. Amanhã levanto cedo para ir as compras.

(Publicado em 19/12/08 no blog antigo)

Digo apenas que:

Acho uma pena o jornalista iraquiano não ter acertado o sapato no Bush;

Fiquei feliz com a dissertação de mestrado da menina da UnB, Claudete Batista Cardoso, onde ela mostrou que "os estudantes que entraram na Universidade de Brasília pelo sistema de cotas, que reserva 20% das vagas do vestibular a candidatos negros como forma de promover a inclusão, obtiveram, em 27 cursos, notas mais altas que alunos que ingressaram pelo sistema universal";

E, por último, digo que hoje visitei vários blogs bacanas, escritos por pessoas inteligentes que me entusiasmaram e me encorajaram grandemente em... continuar lendo seus blogs, porque o meu mesmo é bem medíocre.

bjs me liguem!

Do que eu queria ser mas não sou e nem sei

Os meus bolos ficam gostosos, mas têm uma cara péssima.
Minhas mãos não se dão aos bordados, crochês e afins.
Tenho bons ouvidos, mas não toco instrumento algum. Apesar das aulas de canto, não canto nada.

Faço uma faculdade na qual não me encontrei.
Gosto de dançar mas não danço. Gosto de atuar mas não atuo. Acho lindo desenhar mas não desenho.

Queria ser inteligentíssima. Ser uma mulher culta, lida, capaz de conversar minimamente sobre quase todos os assuntos, das ciências biológicas às histórias das civilizações antigas. Não que eu quisesse ser uma enciplopédia ambulante, uma pedante, dona de um conhecimento frio a serviço do nada, mas alguem capaz de refletir criticamente sobre os mais diversos temas e principalmente capaz de poder agir a favor de algo ou alguem usando o meu conhecimento como ferramanta. Mas não o sou e nem o faço.
Mas a minha grande paixão... Ai, a minha paixão... Sou apaixonada pela arte da escrita. Quando leio algo que eu julgue realmente bom, fico dias com aquilo na cabeça, fico escrevendo mentalmente minhas reflexões sobre o que li. Fico pensando em como é possível alguém escrever tão bem de modo que os personagens mais surreais pareçam reais e, por mais estranhos que nos sejam, consigamos nos identificar com eles. Como é que choramos ou rimos quando lemos uma historia que sabemos não ser real? Como é possível uma invenção conter tanta verdade a ponto de nos comover?
Fico imaginando como seria bom fazer o mesmo e algumas vezes até tento. Em vão.
Queria ser uma romancista. Criar personagens com características bem trabalhada, deixa-los com uma personalidade tão própria e tão forte que pudessem eles próprios contar suas histórias através das vidas que eu lhes daria e do mundo que criaria ao redor deles. Mas... eu não consigo!

E que raiva eu tenho de não conseguir!
(Publicado em 15/12/08 no blog antigo)

Eu que fiz!


No Memorial da América Latina ha uns 8 ou 9 meses.
Estava um dia lindo, mas as nimbus dão uma idéia do toró que caiu de tarde.

09/12 - Aniv do Vi

Era de tardezinha e fazia muito calor quando o carteiro bateu palma no portão e me assustou. Eu estava concentrada em fazer montinhos com a terra que eu cavava, usando uma colher, no fundo do quintal. Em Itapetininga a terra é bem vermelha, uma delícia de fazer montinhos e se sujar. Gritei avisando a vó sobre a chegada do carteiro enquanto corria até o portão.
Uma carta! Como na tv! Eu estava recebendo uma correspondência e o melhor: agora eu sabia ler!

Peguei o telegrama e entrei pela porta da cozinha, perto do pé de chuchu. O Max veio correndo atrás de mim. A vó abria o telegrama enquanto meu coração acelerado parecia que ía sair pela boca se eu não conhecesse logo o conteúdo do envelope. Ela leu que o neném havia nascido.
O neném da minha mãe? Já nasceu? Parecia mágico tudo aquilo do neném estar na barriga e nascer. Agora ele poderia ser visto! Fiquei tão ansiosamentecontenteconfusaecuriosa, tudo junto, tudo agora, que tomei o telegrama das mãos da vó e li.

Lembro-me de entrar no ônibus, um Cometa daqueles antigos que têm um cheiro forte que vem das poltronas marrons. Coloquei um biscoito de polvilho em cada dedo, como se fossem anéis e então os comi. Não me lembro da rodoviária de Itapetininga mas me lembro da de Tatuí. Também não me lembro de como fomos da rodoviária de São Paulo até em casa, mas me lembro de estarmos lá, esperando meu pai sair do banho pra que fossemos logo ver o neném.
O hospital era lindo. Tinha uns vitrais e um corredor extenso, com portas dos dois lados. Arranjos artesanais com temas infantis enfeitavam as portas. Meu pai pediu para que eu adivinhasse qual era o nosso e, entre tantas portas e tantos enfeites, eu corri até uma porta com uma pipa azul de rabiola comprida toda de cetim. Eu sabia que era alí. E era mesmo.
Entrei e beijei minha mãe, que estava na cama de camisola. Não sei em que momento entrou a enfermeira com o neném no colo. Ele era lindo! Tão pequeno que parecia de mentira. Minha avó o pegou no colo e disse que era um menino lindo. Eu embaixo pulando, querendo, pedindo. Ela me deu. Ajeitou o neném no meu colo e disse pra que tomasse cuidado com a cabeça dele.
Ele estava cheiroso. Abriu os olhinhos e olhou pra mim. Que brilho, que intensos! Os olhos eram grandes e pareciam assustados. Pareciam procurar alguma coisa em mim enquanto os meus se enchiam de lágrimas. Os olhos dele procuraram mas eu senti que não encontraram. Me deu uma sensação ruim, eu queria que ele encontrasse em mim!
Ele começou a mexer as mãozinhas e eu pedi pra que alguém o pegasse porque ele ía chorar. Ele chorou e os olhos fugiram dos meus. Já pesava nos meus braços quando a vó o tirou do meu colo, mas eu queria mais.
Ele foi pro colo de não sei quem e eu fiquei. Fiquei com um negócio forte, um sentimento sem nome. Fiquei lembrando de cada instante de tudo aquilo que acabara de acontecer. Contando assim parece que foi muito tempo, mas na verdade não foi mais do que um minuto. Um minuto eterno.

(Publicado em 09/12/08 no blog antigo)


08/12 Aniver do meu pai

E pra ser sincera não tô afim de ligar agora. Mais tarde falo com ele.

Ontem estava inspirada pra escrever um monte de coisas aqui, mas quando sentei na frente do computador senti um delicioso cheirinho de pão de queijo quentinho que minha mãe tinha acabado de tirar do forno. Desisti de escrever e fui comer.

Agora não lembro que tanta coisa eu tinha pra escrever.


(Publicado em 08/12/08 no blog antigo)

Tô feliz...

...porque as coisas estão caminhando, eu tô conseguindo concluir meus projetos, semana que vem é aniver do meu irmão e do meu papis e logo mais é natal. Ahh! E eu acabo de receber a notícia de que terei 5 dias de folga no ano novo!!!

Hoje na hora do almoço fui sentar um pouco na escadaria do prédio da Gazeta e acabei me divertindo muito. Tinha um cara na calçada dançando e cantando com um megafone e toda a galera sentada na escadaria estava aplaudindo e cantando com ele. Virou um show e o tiozinho se tornou um pop star. O melhor é que ele era engraçado e até que cantava bem, com o apoio da galera então... amei!

(Postado em 04/12/08 no blog antigo)

Numa manhã qualquer...


"Todo dia ela faz tudo sempre igual,
Me sacode às seis horas da manhã,
Me sorri um sorriso pontual,
E me beija com a boca de hortelã"

Chico Buarque (mas poderia ser eu... hahaha Qta pretensão!)
(Publicado em 01/12/08 no blog antigo)

Sobre avaliação escolar

"Referindo-se a formas e normas de excelência bem diversas, essas hierarquias têm em comum mais informar sobre a posição de um aluno em um grupo ou sobre sua distância relativa à norma de excelência do que sobre o conteúdo de seus conhecimentos e competências. Elas dizem sobretudo se o aluno é "melhor ou pior" do que seus colegas. A própria existência de uma escala a ser utilizada cria hierarquia, as vezes a partir de pontos pouco significativos."
"...a avaliação não é um fim em si. É uma engrenagem no funcionamento didático e, mais globalmente, na seleção e na orientação escolares. Ela serve para controlar o trabalho dos alunos e, simultaneamente, para gerir os fluxos."
Em: "Avaliação - Da Excelência À Regulação Das Aprendizagens Entre Duas Lógicas" de Philippe Perrenoud

Essa é a avaliação a serviço da seleção, uma oposição direta à avaliação formativa pregada tão veementemente nos discursos dos especialista e ainda tão distante do cotidiano escolar. Depois que eu digo... Tá tudo errado!

(Publicado em 27/11/08 no blog antigo)

Postado em 25/11/08 no blog antigo

Ando tão sem vontade de fazer o que eu tenho pra fazer. Eu trancaria a faculdade se não estivesse no 5º ano e abandonaria meu emprego se não precisasse do dinheiro. Tá tudo errado! Como é que a gente vive sem viver pra gente?

Parece que eu vou levando a vida (ou a vida vai me levando) e quando me dou conta, aquilo que foi tão sonhado, planejado e esperado já passou e eu nem curtiu, nem vivi, nem vi... Parece que eu como sem sentir o sabor da comida, ando pela rua sem prestar atenção no caminho, respiro sem perceber o ar passando por mim. Tá tudo mecânico. Eu dirigi até aqui e nem sei que caminho eu fiz.

Por que e pra que levar essa vida?? Acabo presa nessa vida chata ou eu que me prendo a ela?
Sei lá... Mas parece que o mundo é assim e se eu não viver assim eu é que estarei fora do mundo e viver fora do mundo é inviável! (Será?)
Solução? Virar hippie, ir pra Terra do Nunca, viver numa aldeia indígena (tipo "A sociedade contra o Estado" do Clastres).


Por enquanto eu quero:
- férias;
- assistir Chicago pela milésima vez e dançar me sentindo a Velma Kelly;
- festa a fantasia;
- ler "Cem Anos de Solidão" mais uma vez e montar a minha árvore genealógica dos Buendía;
- vinte e cinco de março;
- visitar a exposição do Machado no Museu da Língua;
- comer chocolate sem cuidados com as calorias e as espinhas;
- ficar na praia até não aguentar mais a areia pelo corpo, o gosto de sal na boca e até que eu esteja preta pretinha;
- enfiar a mão num saco uvas bem geladas (Amelie Poulain?);
- deitar no chão num dia de calor e ficar vendo as nuvens "andarem";


... só escrevendo pra desabafar!

Postado em 24/11/08 no blog antigo


Nunca tinha reparado na quantidade de animais que eu tenho em casa...

Sábado

Meu PC passou por uma reforma. Que maravilha!Agora tenho internet de gente, posso ler e-mails, assistir vídeos, baixar músicas... tudo ao mesmo tempo! Tô parecendo criança com brinquedo novo.Agora mesmo estava assistindo váaarios videozinhos dos "Improváveis" no youtube. Adoooro! Eu tenho dois trabalhos de didática pra terminar, mas a preguiça não deixa e os "Improváveis" são mais interessantes que o Perrenoud e o Foucalt. Acho que isso pode ser traduzido como falta de vergonha na cara... Ah! Falando em coisas ruins, sumiram uns arquivos do meu pc. Ele foi pro técnico com os arquivos e voltou sem. Nada de secreto ou muito importante sumiu, mas o fato é que sumiu e não era pra ter sumido. Era meu e eu quero de volta! Vou ligar lá na 2ªf pra reclamar e ver se, quem sabe, isso não ficou gravado em algum lugar.Tem umas fotos legais que eu tirei do céu, dos meus pés, tem umas experiências fotográficas de visões aéreas, tem trabalhos de faculdade dos semestres anteriores, textos legais (esses eu recupero pela internet)... putz! Várias coisas legais e algumas não estavam salvas em outros lugares. Ou seja, existe o risco de nunca mais encontrá-las.Nossa! Eu nunca escrevi tanto aqui no blog, talvez pq nunca acessei daqui de casa, sempre tô no trabalho, ocupada com outras coisas então não rola aquela fluides de sair escrevendo todas as coisas úteis ou inúteis que me vêm a mente. É assim mesmo que se escreve "fluidez"?Falando em fluides, fluir e afins, hj a Duda pisou na tinta azul e saiu andando pela casa. Uma graça as pegadinhas dela pelo chãol! Corri pra pegar a máquina fotográfica, mas ela não estava carregada. Um pouco depois choveu, as pegadinhas azuis viraram borrões e escorridos, ficou uma coisa meio triste, me lembrou aquelas imagens pós carnaval de carros alegóricos desbotados, quebrados, faltando partes... Acho isso tão triste!Não que eu goste de caranval, na verdade eu nem gosto, mas eu tenho dó de ver todo aquele trabalho virar entulho. Sei lá, acho que eu é que me apego muito as coisas, menos por uma questão material e mais por uma questão afetiva. Coisas me lembram momentos, me lembram pessoas, circunstâncias... e o que eu já fiz, já vivi, já senti(...) constroem a minha identidade, os acontecimento da minha vida me mostram quem eu sou. Enfim, guardo coisas pq desenvolvo uma afetividade com elas por serem objetos de ligação com a (ou de explixcação sobre a) minha identidade. Isso me lembra aquela coisa do Winicott e o objeto transicional, o que me lembra que tenho coisas importantes pra fazer e fico aqui, pensando com meus botões coisas que não têm muita importância e as vezes não têm muito sentido.

(Publicado em 22/11/08 no blog antigo)

Trabalhando no feriado =/

9h23 - Já peguei metrô, cheguei e fiz um monte de coisas, em pleno feriado.
11h - Atividades concluídas.
14h - Tédio.
16h - Zzzzzzzzzzzzz.............


(Publicado em 20/11/08 -Dia da Consciência Negra- no blog antigo)

Meus olhos estão ardendo...

Pense numa pessoa cansada. Sou eu!

De domingo pra cá fiz 1 milhão de coisas chatas. Tenho ido dormir super tarde e acordado bem cedo. O bom é que concluí meu trabalho de POEBII e isso me deixa muito feliz porque ninguem merece essa disciplinazinha irritante...

Tenho tanta coisa pra falar! Maaaas por enquanto esses pensamentos vão ficar por aqui, na minha cabeça, doidinhos pra sairem saltitando por aí.

O dever me chama.

(Publicado em 19/11/08 no blog antigo)



Sobre escrever

Amo! Mas o faço só pra que eu mesma leia depois.

Já que eu gosto... Por que não?


(Publicado em 13/11/08 no blog antigo)