29/12/2009

Gostosa é xingamento?

Ela fez dietas absurdas e tomou remédios proibidos pra perder uns quilinhos.
Malhou feito uma louca pra perder barriga e ficar com tudo durinho.
Comprou aquela cinta poderosíssima que reduz a cintura, esconde o culote e levanta o bumbum.
Gastou uma nota no creme anticelulite e naquele outro que promete firmar os seios após 10 aplicações.
Nunca mais comeu pizza e passou a recusar chocolate até na TPM.

Um dia desses ela vestiu aquele jeans justíssimo que há tempos não entrava mais, aquela blusinha de decote avantajado, olhou-se no espelho, disse a si mesma que estava poderosa e absoluta e foi dar umas voltas por aí.

_ Nossa, você tá diferente, tá mais... tá mais... Bonita! – Disse o fulaninho enquanto a media de cima a baixo com aquele olhar de “tecomiafácil”.

Ela, que sempre teve uma quedinha pelo fulano mas nunca teve coragem de chegar, vem me contar o ocorrido do seguinte modo:

_É lógico que ele quis dizer gostosa, eu vi como ele me olhou! Ele gaguejou pra dizer “bonita”.
Ele é um grosso... Perdeu a graça pra mim.


Sabe, eu juro que não entendo. Gostosa agora é xingamento?
Eu achava que era um elogio e um reconhecimento de que a malhação, as dietas e toda essa piração valeram a pena e que ela está de fato gostosa.
Não estou defendendo aquela coisa “pedreiro style” onde um desconhecido diz no meio da rua que faria isso ou aquilo com você, só não entendo o porque de tanto esforço se ninguém pode olhar pra ela e dizer o que ela quer ouvir.

Não era isso que ela queria ouvir?? Se não era, que ficasse do jeito que estava e que usasse burca pra sair na rua!

23/12/2009

Sobre sonhos e loucuras


“Loucura? Sonho? Tudo é loucura ou sonho no começo. Nada do que o homem fez no mundo teve início de outra maneira, mas tantos sonhos se realizaram que não temos o direito de duvidar de nenhum”.
Monteiro Lobato

15/12/2009

Profecia

Chegará o dia em que as mulheres poderão tomar seus sorvetes de casquinha tranquilamente sem ter que ouvir piadinhas de duplo sentido ou grunhidos ininteligíveis vindos de homens sem noção de ridículo.

Que assim seja.

09/12/2009

09/12 - Aniv do Vi

Era de tardezinha e fazia muito calor quando me assustei com o barulho do carteiro que batia palma no portão. Eu estava no fundo do quintal concentrada em cavar buracos na terra usando uma colher e depois fazer montinhos com a terra que sobrava. Em Itapetininga a terra é bem vermelha, uma delícia para brincar e se sujar. Gritei avisando a vó sobre a chegada do carteiro enquanto corria até o portão.
Uma carta! Como na tv! Eu estava recebendo uma correspondência, o carteiro era legal e eu sabia ler!

Voltei para dentro correndo com o telegrama nas mão e entrei pela porta da cozinha perto do pé de chuchu ainda gritando sobre a chegada da correspondência. O Max veio correndo atrás de mim enquanto a vó já nos esperava junto à porta. Ela abria o telegrama enquanto meu coração, acelerado pela curiosidade, parecia que ía sair pela boca. Ela leu que o neném havia nascido.
Como assim? O neném da minha mãe? Já nasceu?
Parecia mágico tudo aquilo do neném estar na barriga e depois nascer. Agora o neném já era alguém palpável e já poderia ser visto! E como eu queria vê-lo... Fiquei tão ansiosamentecontenteconfusaecuriosa, tudo junto, tudo agora, que tomei bruscamente o telegrama das mãos da vó e li, como se por eu mesma ler o neném pudesse se tornar mais palpável.

Lembro-me que entramos no ônibus, um Cometa daqueles antigos que tinham um cheiro forte nas poltronas marrons. A vó abriu um pacote de biscoito de polvilho e eu coloquei um em cada dedo, como se fossem anéis e então os comi. Não me lembro da rodoviária de Itapetininga mas me lembro da de Tatuí. Também não me lembro de como fomos da rodoviária de São Paulo até em casa, mas me lembro de estarmos lá, esperando meu pai sair do banho pra que fossemos logo ver o neném.

O hospital era lindo. Tinha uns vitrais por onde passavam raios de sol que refletiam no chão brilhante do saguão de entrada . Entramos por um corredor extenso, com portas dos dois lados. Arranjos com temas infantis e com os nomes dos bebês recém nascidos enfeitavam cada uma das portas. Meu pai pediu para que eu adivinhasse qual era o quarto da minha mãe e, entre tantas portas e tantos enfeites, eu corri até uma porta com uma pipa azul de rabiola comprida, toda de cetim. Eu sabia que era alí. Não sei como, mas eu sabia e era mesmo. Embaixo da pipa estava escrito "Victor - 09/12/91".

Entrei e beijei minha mãe, que repousava no leito vestindo camisola. Em algum momento entrou uma enfermeira com o neném no colo. Eu não conseguia ver direito, mas sabia que ele era lindo! Tão pequeno que parecia de mentira. Minha avó o pegou no colo e disse que era um menino lindo. Viu só? Eu sabia! Fiquei alí, pulando, querendo, pedindo. Ela me deu. Ajeitou o neném no meu colo e disse pra que eu tomasse cuidado com a cabeça dele.
Talvez tenha sido uma sensação só minha, mas acho que o mundo parou pra me ver com o neném no colo.

Ele estava cheiroso. Abriu os olhinhos e olhou pra mim. Que brilho! Que intensos! Um par de olhos grandes, arregalados, olhando assustados para mim. Parecia que aqueles olhos procuravam alguma coisa nos meus, enquanto os meus olhos se enchiam de lágrimas. Os olhos dele procuraram mas eu senti que não encontraram. Me deu uma sensação ruim, eu queria que ele encontrasse em mim!
Ele começou a mexer as mãozinhas e eu pedi pra que alguém o pegasse porque ele ía chorar. Ele chorou e os olhos fugiram dos meus. Já pesava nos meus braços quando a vó o tirou do meu colo, mas eu queria mais.

Ele foi pro colo de não sei quem e eu fiquei. Fiquei com um negócio forte, um sentimento sem nome. Fiquei lembrando de cada instante de tudo aquilo que acabara de acontecer. Contando assim parece que aqueles olhos nos meus ficaram fixos por muito tempo, mas na verdade não foi mais do que um minuto. Um minuto eterno.

07/12/2009

E o "semancol", esqueceu de tomar?

E aí recebo um e-mail que, dentre outras babozeiras, contém os dizeres:

"E aí mocinha linda, tudo bem?
Não quer mesmo falar comigo, neh?"

Como assim "não quer mesmo falar comigo"?!
Há exatamente 2 anos e 5 meses recebo, no mínimo uma vez por mês, e-mails e mensagens de texto dessa mesma pessoa sem NUNCA, eu disse nunca, (deu pra perceber a ênfase na palavra "nunca"?) ter respondido uma vez se quer.
Será que agora, 2 anos e 5 meses depois, pelo menos 29 e-mails e/ou mensagens SMS depois, deu pra perceber que eu realmente não quero falar?

03/12/2009

Change, I can!

Sabe, tá me irritando essa coisa de cobrar que eu escreva o que eu escrevia antes, de cobrar que eu diga o que eu dizia antes, que eu pense o que eu pensava antes...
O “antes” ficou pra trás. Aquilo tudo representava quem eu era, mas agora não sou mais. Sou outra.

Não, eu não sou uma pessoa volátil e nem estou renegando o que eu vivi. Ao contrário! Acho ótimo ter passado pelo que passei, foi através do que vivi que me tornei o que sou hoje. (E nem sei se melhorei ou piorei, espero ter melhorado).

Acho que tudo são fases e estou vivendo uma nova fase. A mulher que sou agora continua sendo aquela de ontem, a diferença é que não sou aquela de ontem. Sou aquela + experiências + frustrações + aprendizados + amadurecimentos...

Enfim, só queria dizer que escrevo, falo, penso e ajo conforme a minha realidade e a realidade de hoje não é igual a de ontem. Assim como a de amanhã não será igual a de hoje.

30/11/2009

Nota sobre Literatua Brasileira

Achei interessante saber que Milton Hatoum, Rubem Fonseca e Chico Buarque estão entre os autores mais lembrados hoje por estudiosos de literatura brasileira no exterior, à frente de nomes como Euclydes da Cunha e Manuel Bandeira.
Machado de Assis continua sendo o mais lembrado.

Para ler a notícia toda, clique aqui.

28/11/2009

Reflita

Calça jeans de balada sempre tem xixi.

24/11/2009

Sexy Marge

Marge Simpson, esposa de Homer Simpson, ficou nua na capa da revista Playboy norte americana do mês de novembro.

A dona de casa, mãe de três filhos, mostrou que mesmo as mulheres mais maduras, mais "mãezonas" também podem ser sensuais.

Adorei!!!






20/11/2009

Até eu que sou mais boba...

Em entrevista para a edição de dezembro da revista "Allure", a ex-Spicy Girl Victoria Beckham diz que prefere fazer sexo a dormir.


Agora dê uma olhadinha nas seguintes imagens.








Viu? Babou? Passou vontade?

Então me responda: Com o marido dela, você também não iria querer??

17/11/2009

Ah, só porque eu queria...

Placa da Prefeitura de São Paulo proíbe "transar" em linha do trem. =p

Clique aqui para ver.

11/11/2009

Ahm?!

Segundo Folha Online, "Playboy quer Geisy Arruda".

Isso é sério? Deve ser pegadinha...
Gente, ela é muito feia!!!

10/11/2009

Mesmo assim eu o adoro...

Olá, meu nome é Nathália e eu tenho um namorado bobo. Bjs.

09/11/2009

Já pensou?

Acabo de acompanhar um implante de silicone no Dr. Holywood.
A paciente disse caaada coisa ao tomar o "soro da verdade"... hahahah
Pensando bem, estou satisfeita com o tamanho dos meus seios.

05/11/2009

Ciuminho

E quando a gente tem muita vontade de socar a cara de alguém?
E quando a gente sabe que a pessoa não fez nada pra merecer isso?
E quando a gente tem ciência de que está sendo tola e infantil mas mesmo assim não consegue evitar?

23/10/2009

Pense num lugar estranho para estar numa sexta-feira as 22:50.
Pensou?

Ganhei!
Tenho certeza de que onde estou é beeeem mais estranho do que o que você pensou.

14/10/2009

Trechos de 10/10/09

"Me senti triste. Me senti fraca, insignificante, pequena, vulnerável. Foi preciso chorar, mas eu não queria, então escrevi."

"Por que mesmo eu estou aqui? (...) pensar nisso me fez sentir que sou uma tola lutando sozinha contra um inimigo inexistente. E o pior: PERDENDO."

"...e você bem sabe que você vale mais que tudo isso. Você sabe que já deveria ter saído desse jogo."

"Eu vou. Mas dessa vez vou por mim, vou porque não preciso disso..."

"Da próxima vez (...) estarei ainda mais desconfiada. Se hoje tenho um pé atras, amanhã terei os dois."

" E aí que das regras que eu mesma inventei, eu esqueci a principal delas, a regra número 1."

"...quanta babaquice! Quanta mulherzice eu escrevi! Que merda."

21/09/2009

No fundo, tudo é sempre igual.

Eu não tenho mais paciência para seres humanos, principalmente se eles forem do sexo masculino.
Não tenho paciência para indecisões, menos ainda para atitudes contraditórias.
Sim, eu sou chata. Nunca neguei ou escondi isso.

Acho que me habituei a viver sozinha, a contar comigo mesma para tudo o que eu queira e a nunca ouvir nãos, já que eu sempre digo sim para mim mesma.

Como é que eu já sabia tudo o que ía acontecer??
Cada palavra, cada gesto... nada me surpreendeu. Parece que nada daquilo era novo pra mim. Acho que foi por isso (e só por isso) que nem doeu.

Observei demais e parece que aprendi. No fundo, tudo é sempre igual.

18/09/2009

=X

Acordei com uma palavra... hum... uma palavra digamos que inusitada na cabeça.

...

14/09/2009

Juro que não entendo

Eu achei que estavamos dialogando, achei que era uma via de mão dupla, achei que eram as nossas vontades, as minhas somadas às suas. Entenda: eu não achei isso simplesmente por que quis achar, achei porque você me disse que queria assim e assim nós combinamos. A decisão foi conjunta.
Aí eu fui. No começo pensei mesmo que estivessemos juntas, que você estivesse do meu lado, mas, quando me dei conta, eu estava sozinha (como sempre). Olhei ao meu redor, te procurei e te achei. Te achei lá atras, parada no ponto de partida, de onde você combinou comigo a nossa caminhada, lá onde eu comecei pelo caminho que a gente combinou trilhar e de onde você nunca saiu.
Qual o meu problema? Será que sou tãaaao idiota que ainda não aprendi a lição? Por que é que confiei em você? Agora eu tô aqui sozinha, no meio da estrada.
Faço o que? Continuo a caminhar fingindo que você tá aqui e que tá tudo bem? Pra mim não dá.
Tomo outro rumo e continuo a caminhar sozinha, até que meu caminho cruze com o de outro alguém? Bom, eu só vejo essa opção, pois pra mim, parar e ficar por aqui não é a saída, a minha vida precisa andar, com ou sem você.
E tem gente que ainda me diz que eu deveria confiar mais nas pessoas...

05/09/2009

Sábados diversos

Quatro vezes "hoje eu não tô afim" num período de uma hora e meia.
Os convites poderiam ser melhor distribuídos entre os quatro sábados do mês...

28/08/2009

Ensaio Sobre a Cegueira - José Saramago

Acabo de terminar a leitura desse livro e já o incluo na lista dos meus favoritos. Acho que isso basta pra dizer o quanto gostei.
Abaixo um trechinho interessantíssimo que me fez refletir sobre algumas coisas:

"...se antes de cada acto nosso nos pudéssemos a prever todas as consequências dele, a pensar nelas a sério, primeiro as imediatas, depois as prováveis, depois as possíveis, depois as imagináveis, não chegaríamos sequer a mover-nos de onde o primeiro pensamento nos tivesse feito parar. Os bons e maus resultados dos nossos ditos vão-se distribuindo, supões-se que de uma forma bastante uniforme e equilibrada, por todos os dias do futuro, incluindo aqueles, infindáveis, em que já cá não estaremos para poder comprová-lo, para congratular-nos ou pedir perdão, aliás, há quem diga que isso é que é a imortalidade de que tanto se fala."

24/08/2009

Tapa na cara

Eu acabei de tomar um.

Tá doendo. E a culpa foi minha.



Update - 26/08/09 - 11:01

Nada como um assoprão e um beijinho para sarar uma dor...

17/08/2009

Pensando bem...

...acho que melhorei bastante em relação a aquele meu padrão de repetição.

Atribuo a mudança a três fatores principais:
1- Meu amadurecimento. Afinal é preciso tirar uma lição das experiências anteriores e eu acho que consegui;
2-Novos ares. Não só novos, mas também bons;
3- Minha mudança de postura e atitudes. Pensar como um homem e principalmente agir como um homem, atrai os homens. Acho que, no fundo, todos eles têm tendências homosexuais. hahahah

13/08/2009

Search for

Quando uma pessoa joga no Google "Nathália Reis Ramos blog", ela pode estar procurando por algo que não seja meu blog?

10/08/2009

Eu ia escrever sobre como foi meu Dia dos Pais, mas, pensando melhor, resolvi dedicar a esse assunto o mesmo tempo que meu pai dedica a mim e ao meu irmão: nenhum.

08/08/2009

Convidativa

Meu MSN não tá funcionando. Tô tentando entrar e nada, ou até entra mas não consigo chamar ninguém pra conversar.

Virei pro lado, olhei pela janela e vi a lua. Caramba, que lua é essa?? Ela tá linda! Perfeita, grande, bem redonda, alaranjada e linda.
Aliás, a noite tá linda. Quente, envolvente, alegre e com uma lua linda no céu. No mínimo convidativa.

Algo me diz que eu tenho que sair da frente do pc agora e aproveitar a noite.
Vai começar a sessão #ligandoparatodasasamigassolteiras, que aliás são poucas, pouquíssimas.
E aí, quase sempre acabo por curtir uma pizza e um filme em casa, sozinha.

Vou tentar.

É a real.

E quando a gente se dá conta de que tá tudo errado mas não queremos admitir isso pra nós mesmas?
É difícil aceitar que eu errei outra vez. É difícil, mas é a real.

To be or not to be...

Precisando desabafar... Mas não dá.
A única pessoa que me entenderia tá na Argentina agora.
Resolvi escrever, mas não posso citar nomes e tão pouco descrever situações.

Só me resta dizer que tô numa dúvida cruel e que colocando "A" e "B" na balança verifico que, embora sejam bem diferentes, têm o mesmo peso.

Acho que tô precisando de "C".

07/08/2009

Uma mensagem de texto (SMS) de Vivo para Vivo custa R$0,35.
Será que nem isso eu tô valendo?

30/07/2009

Três comentários inúteis

1º - Há dias que chove sem parar e isso já está me incomodando, tô me sentindo ligeiramente mofada.

2º - Tenho acordado todas as manhãs com uma fome de quem não come nada ha uns 2 dias.

3º - Tô com vontade de comer bolacha Tostitas e não encontro em lugar nenhum.

24/07/2009

Menina macho, mas nem tanto...

Fui afrouxando, cedendo, escorregando, quase indo... mas não fui. Me segurei e repeti todo aquele discurso de mulherão decidida, mas no fundo, só eu sei que eu não estava tão decidida assim. Aí vem um e cutuca minha indecisão, vem outra me dá um chacoalhão (que talvez eu estivesse mesmo precisando...), daí vem uma música e reafirma tudo. E a propensão a me derreter e sair escorrendo só aumentando.

Para amenizar a situação esqueço o mundo real e vou pro virtual. Entro no orkut e a Sorte de Hoje me diz: "Não tenha medo de ir e não valer a pena; só tenha medo de ficar parado".
Que merda! Não dá pra fugir. A frase idiota do orkut tem tudo a ver com o que me falaram, com o que eu estava sentindo, com o que a música me disse e com a sacudida que a Ana me deu. Será que o universo está mesmo querendo me dizer algo?

Não, não está. Ou até está, mas ele está errado. Ele e a mulherzinha frouxa que mora aqui dentro. A realidade tá aí, nua e crua, pra quem quiser ver. Basta 40 segundos de conversa fútil no msn pra me por no lugar e me mostrar o mundo cão, as pessoas frias, a superficialidade das relações, minha realidade bife e a solidão eterna a qual eu me condenei.

Seja macho, Nathália, seja macho!

19/07/2009

Acerca das máscaras, dos rótulos e da verdade.

Sabe, as pessoas deveriam vir com rótulos. Sim, rótulos de identificação com dizeres como "contém x% de falsidade" ou "em situações y costuma descontrolar-se e partir pra porrada acabando com a sua noite" ou até quem sabe "confiável, bom guardador de segredos".

Eu sei que se as pessoas viessem assim, devidamente identificadas, muito da vida perderia a graça, mas certamente nos machucaríamos menos, faríamos menos mal a nós mesmos e evitaríamos muitas desgraças.
As vezes conhecemos alguém que, a princípio, não fede nem cheira. Com o tempo vamos nos aproximando, a convivência vai se intensificando por um motivo ou outro e a pessoa passa a ser um colega, um companheiro de alguma coisa ou até mesmo um amigo. E é só aí, na convivência intensa, na troca de experiências, no se envolver, no ter que confiar que a gente vai descobrir quem é aquela pessoa de verdade. Só que aí meu caro, se a pessoa não for legal, vai ser tarde demais. Vocês já são amigos, já se envolveram, já trocaram segredos, expectativas foram criadas, sentimentos foram construídos e certamente serão frustrados.

O que fazer então? Fechar-se numa caixinha e viver alheio ao mundo e as pessoas?? Tornar-se um serial killer, escolher um critério de "eliminação" e "eliminar" todo mundo que se encaixar nesse seu critério?? Não ser amigo/colega/namorado/companheiro de mais ninguém? Acho que não é essa a solução... A vida tá aí pra ser vivida. Eu pelo menos penso assim.
Então temos que continuar tudo como antes, conhecendo pessoas, nos entregando, nos decepcionando, nos machucando por causa dos outros... Também não. Acho que dá pra tirar lição de quase tudo que a gente vive.

Com o tempo (e com os tombos) a gente vai aprendendo a distinguir melhor as pessoas e a selecionar com mais critérios as amizades, mas isso ainda não garante uam vida de sucessos. Por mais critérios que se use e por mais sabedoria que se tenha não existe um método eficiente de saber se a pessoa é ou não digna da nossa confiança sem um mínimo de convivência. (convivência essa que tras o envolvimento e a decepção).
Acho que não esperar das pessoas mais do que aquilo que elas possam nos dar é um bom começo, mas não é tudo.

Pra piorar a situação, as pessoas usam máscaras sociais. Figem ser o que não são pra parecerem menos piores do que aquilo que realmente são. A sociedade é cheia desses joguinhos, dessas relaçãoes de "você finge que faz, eu finjo que acredito e a gente finge que tá tudo bem". Eu acho isso tão ridículo! Se as pessoas jogassem limpo, se tirassem as máscaras, se parassem de fingir ser o que não são pra que a sociedade finja que as aceita, seria tudo muito mais fácil, a vida certamente seria mais simples. Seria, mas não é.

E quando você tira a sua máscara e resolve ser você mesmo, assumindo sua mesquinheza, suas falhas, sua humanidade, você passa a ser apontado, passa a ser julgado e condenado por um crime que se quer existe: o crime de falar a verdade.
Poxa, qual o problema em assumir ser aquilo que a gente realmente é??
Só é possível corrigir um erro a partir do momento que se reconhece o erro. É por isso que eu tenho essa mania de auto-análise e é por isso que as vezes eu chego a pensar demais e viver de menos. Eu tento de verdade descobrir meus erros e consertá-los pro meu próprio bem o pro bem dos que convivem comigo.
Eu não acho que seja feio assumir um erro diante dos outros e pedir desculpa por ter errado. Feio é fingir que não errou e passar por cima do sentimento dos outros. Disso sim eu teria vergonha.

Não, eu não sou perfeita. Não, não sou o ser humano mais humilde da face da terra. Não, eu não sou Mahatma Gandhi, não sou Olga Benário, não sou Oskar Schindler, não sou Ernesto Guevara nem qualquer outra pessoa que tenha dado sua própria vida em favor de uma causa ou de outras vidas, mas eu juro que tento ser legal, eu tento ser bacana, eu tento ser sinsera com outros e comigo mesma. Eu tento não usar máscaras e deixar meu rótulo bem visível.

Sei lá, tô escrevendo, escrevendo, escrevendo e acho que não tô sendo clara porque é difícil expressar em palavras pensamentos que por si só são confusos. Mas é isso, as pessoas deveriam vir sem máscaras e com rótulos. Talvez a vida fosse mais sem graça, mas certamente seria menos dolorida.

Diálogo

- Já reparou como a gente se dá bem? (olhar carinhoso)

- Neah? (sorriso bobo)

- Eu seria capaz de ficar aqui, juntinho de você, desse jeitinho que a gente tá por um mês inteiro. (carinho no rosto+beijinho na testa)

#Cara de nada

- Só assim, abraçadinhos, juntinhos, conversando, fazendo nada. Sabe?

- Tenho certeza que em 3 dias vc não me suportaria mais...

- Você é sempre exagerada assim?

- Não é exagero, é verdade. Eu sou chata.

- Eu não acho.

- Mas sou.

- Você é especial.

#Sorrisobobo... Suspiro... - As coisas não são simples assim...

- Que coisas?

- Sei lá...

- Tá falando da gente?

- Uhum. Ah, não sei, na verdade nem existe "a gente".

- Mas eu gosto de você.

- Não é só questão de gostar...

- É questão de que então?

#caradenãosei + leve suspender de ombros.

...

...

...

- Mas e você?

- O que?

- Assim, eu gosto de você e ...

- Se eu gosto de você?

#balançar positivo de cabeça + Olhar baixo de timides.

- Se eu não gostasse de você eu não estaria aqui agora.

#cara de alívio. ... - Então, a gente se curte, a gente tá aqui e tal, é porque já tem "a gente". #apertando mais o abraço.

-Você sabe que não é bem assim. Não é só isso.

- Você complica as coisas! (afrouxando o abraço)

- Eu avisei que sou chata. (riso irônico)

=/

Seria muita ingenuidade da parte dele pensar que em pleno sábado, 1:20 da madruga (então domingo na verdade), enquanto ele estava lá, de bobeira, pensando nela, ela poderia estar...

Bem, seria muita ingenuidade, mas ele pensou.
Ele não é ingênuo, só é idiota mesmo...

17/07/2009

Frase solta

Quieta no meu canto, ouvindo música, me prendi a uma frase solta no meio de uma das músicas:

"Acho que é bobagem
A mania de fingir
Negando a intenção" (Lulu Santos, "Um Certo Alguém")

Embora eu já tenha escutado e cantado essa mesma música incontáveis vezes, nunca tinha percebido essa frase.
Concordo com ele.

16/07/2009

Uma vez por mês...

Um brigadeiro gigante, três trufas (maracujá, morango e prestígio) de uma só vez, ouvindo Vanessa da Mata desde cedo e uma vontade absurda de receber elogios. TPM, oi?

13/07/2009

Sobre Carol

Sempre que nos vemos eu me divirto horrores. Gosto pra caramba de sair com ela porque ela é expontânea e me faz rir.
Ela chega chegando e faz o que tem vontade de fazer. É uma mulher de atitude e me parece que ela não se importa com o que vão falar das atitudes dela.

Ela sempre atrai a atenção de um modo positivo e tem consciência disso. Aliás, tenho certeza que ela faz de propósito.
Segura de si, um mulherão, ela sempre consegue o que quer.... Acho que ela consegue o que quer justamente porque sabe que vai conseguir, é a segurança que ela transmite que convence as pessoas.
Ela fala coisas que eu gostaria de falar mas não tenho coragem. Diz o que pensa mas sem falar merda.
Ela ri, ela abraça, ela brinca, ela ousa... Ela transpira sensualidade sem ser vulgar.

Estávamos todos juntos na balada quando ela começou a dançar. Parecia que o mundo ao seu redor parou para vê-la. Ela dança como eu gostaria de dançar.
Nesse dia um amigo nosso me falou que ela tem jeito de mulher safada. Talvez ela acabe transmitindo essa imagem em alguns momentos, mas, conhecendo-a como eu conheço, acho que isso tudo é só o jeito dela, é algo natural e que ela não faz com malícia.

Pode parecer bobo, mas as vezes eu queria ser igual a ela.

07/07/2009

Pequenas Honras

Na semana passada expressei através de palavras um pensamento mesquinho resultante de um dia estressante. Fiz isso despretenciosamente, como um desabafo mesmo, só que o meu desabafo veio a calhar para alguém... Fui citada pela Rose no blog dela.

É estranho pensar que minha frase tosca possa ter causado alguma inspiração positiva em alguém. Aliás, a Rose não foi a única a me citar no dia de hoje...

30/06/2009

Se não sei nem o que eu quero dizer, como posso escolher um título?

Chateada não é bem a palavra, o que eu quero expressar é menos que isso.
Também não é indignação, nem frustração, nem tristeza, nem desesperança... Acho que o que eu sinto agora não tem nome ou talvez seja um misto de tudo isso.

Alguém sabe como é que eu faço pra viver e ser feliz ao mesmo tempo?

26/06/2009

Breve nota sobre Michael Jackson

Tem coisas que me irritam profundamente e hipocresia é uma delas.
Até ontem de manhã o Michael Jackson era visto pelo mundo como um cara bizarro, papador de menininhos que, através de uma série de sucessivas cirurgias plásticas e tratamentos estéticos, deixou de ser um negrinho estiloso para se tornar um smeagol branquicelo.
O fato dele declarar que essa sua metamorfose absurda é resultado de vitiligo servia como motivo piada, afinal eu nunca vi vitiligo afinar nariz e alisar cabelo...

Agora, quase 24 horas após o anuncio de seu falecimento, as pessoas se referem a Michael como O Astro que revolucionou a música pop, que inovou com suas dancinhas, que arrastou multidões por onde passou, que tinha uma performance inigualável, que vendeu milhões de álbuns em todo o mundo e que deixará saudades em todos nós. Quanta hipocresia!!!

Não, eu não estou negando a genialidade do astro, deixe eu me explicar: Michael Jackson é sim o rei do pop e eu até concordo com todo esse bla bla bla, aliás concordo tanto que já tentei (sem sucesso) fazer o famigerado moonwalker e já me diverti muito assistindo repetidas vezes o clip de Thriller.
O que eu acho errado (e é isso o que eu considero hipocresia) é esse lance de santificar o cara só porque ele morreu. A morte de uma pessoa não apaga os erros que ela cometeu em vida. As mesmas pessoas que ontem encaminhavam e-mails satirizando o Michael pelos seus mil e um escândalos e que não conheciam uma se quer de suas músicas, hoje se declaram de luto e cantam Billie Jean e Black or White aos quatro ventos. Ele deve sim ser lembrado por sua arte, mas sem hipocresia, né?

Pronto, já falei superficialmente o que eu acho do "evento" Falecimento de Michael Jackson.
Agora vou dizer o que EU acho dele.

Eu não curtia muito o Michael atual não e não digo isso só pela pessoa que ele era, digo pq eu não via muita graça em suas músicas mesmo. Questão de gosto.
Por outro lado, adoro o meninninho prodígio do Jackson Five, aquele dos anos 70 que se saculejava cantando ABC e que alcançava um agudo de fazer inveja a qualquer soprano em I´ll Be There.

16/06/2009

Pai

Poxa, que merda! Ele realmente não me conhece, não faz idéia de quem eu seja. Não sabe o que eu ouço, o que eu leio, o que eu como, quem são meus amigos, do que eu gosto, o que eu faço, por onde ando...


Ele não entende minhas palavras, tampouco meus olhares.

As vezes tenho a sensação de que ele continua achando que estamos em 1993, que eu ainda tenho 8 anos e ainda assisto Glub Glub.
Ele nunca me fez algo considerado grave. Nunca me julgou, me ofendeu, mal tratou, abandonou... Ele simplesmente não fez. Isso é o que me machuca.


Machuca porque sei que sou uma boa filha, que não fiz nada pra que ele fosse assim comigo. Sempre estudei, respeitei, trabalhei, ajudei, nunca dei decepção, não fumo, não bebo... Sou a filha que muitos pais pediram a Deus.


Esses dias passei por um puta apuro e PRECISEI dele. Pedi socorro, mas não pude contar com a sua ajuda. Foi horrível porque me lembrei que, ha não muito tempo, ele passou por uma situação exatamente igual e lá estava eu, sua fiel escudeira, livrando-o do perigo. Digo que sou sua fiel escudeira porque realmente sou, eu o defendo de todos e de tudo que ele precisar ser defendido.

Quando eu fiz por ele o mesmo que eu gostaria que ele tivesse feito por mim, não fiz com a intensão de "jogar na cara" mais tarde ou de usar o feito como instrumento de barganha. Tanto não fiz com essa intenção que mesmo agora, tendo precisado dele e não obtendo sua ajuda, nem toquei nesse assunto com ele, mas me lembrei disso. E só de lembrar eu já fico numa sensação estranha, coisa minha comigo mesma, de que eu tô sendo ruim com ele, de que eu tô julgando mal e precipitadamente, de que ele não é obrigado mesmo a me ajudar e bla bla bla.

Por outro lado penso que ele é meu pai e se eu não puder contar com a ajuda dele, com quem é que eu vou poder contar? E na verdade meu julgamento não é tão precipitado nem nada, eu o conheço ha 24 anos, convivo com ele ha todo esse tempo. Tenho argumentos factuais suficientes pra embasar todos esses meus julgamentos...

12/06/2009

Dissabores de uma vida saborosa

Por três anos dessa minha saborosa vida, passei o Dia dos Namorados namorando.
Sem muito mimimi, limito-me a dizer que as experiências foram tão ruins que acho bacanéeeeerrimo estar sozinha hoje. De verdade.

05/06/2009

Filmes que todos gostam, menos eu.

Em conversas sobre filmes, chata que sou, não raras vezes discordo totalmente das opiniões da maioria.

Separei 5 filmes que quase todo mundo adora e que eu... bem, tá aí o que eu penso deles:


Juno
Uma menina de 16 que, sem mais nem menos, dá para o seu melhor amigo (desculpe o palavreado chulo, mas não encontrei termo mais adequado a esse caso), engravida e dá a criança como um cachorrinho de uma ninhada indesejada a um casal que não pode ter filhos. Tudo isso sendo assistida por seus pais, que não viram nada de mais em tudo isso. Ah! Vale lembrar que no meio da palhaçada rola um envolvimentozinho entre a piriguete mirim e o futuro pai do bebê.
Ninguém se preocupa com nada nem com ninguém, salvo a futura mãe adotiva do bebê que zela pela criança, e pela Juno biscatinha.
Tá, podem me chamar de velha, dizer que o mundo é assim mesmo e blá bla bla, mas eu acho no mínimo insensível.


Senhor dos Anéis

Corri para o cinema assim que estreiou o primeiro da trilogia (A Sociedade do Anel).
Interminável e desinteressante. Passei o filme todo esperando aqueeeele momento e ele não chegou simplesmente porque ele não existe.
Pela primeira vez (e até hoje única) cochilei numa sala de cinema. O segundo filme da série, assisti em casa e também cochilei.
Resolvi economizar tempo e dinheiro com o terceiro.




Mamma Mia

Ele não tãaao ruim assim, mas entrou na minha listinha pela enorme decepção que me causou.
Explico: A idéia de um filme inspirado nas músicas do grupo Abba (que eu particularmente gosto) e o sucesso de crítica, criaram em mim grande expectativa.
Ao assistir, achei que deram muita atenção para a parte musical (que ficou sim bem bacana) e deixaram a história mesmo meio esquecida. O roteiro é muito fraquinho e cheio de pequenas falhas. Alguém reparou que as amigas de Sophie desapareceram no meio da história???
Uma coisa é fato: um mês depois de assistir o filme eu ainda me pegava cantando Dancing Queen.




O Último Samurai

Apelidado "carinhosamente" de Fênix devido a quantidade de vezes em que Tom Cruise quase morre e renasce esplendoroso. Embora não seja uma comédia, eu ri bastante com a incoerência dos fatos e com as estripulias fantásticas do herói norte americano em terras nipônicas.









As Branquelas


Aquilo é humor?? Juro que não dei nenhuma risadinha com dois policiais negrões fantasiados de loirinhas patricinhas.
Como é que nem a família nem as amigas percebem a troca? Como é que alguém teve coragem de filmar aquilo? Como alguém tem coragem de dizer que assistiu e adorou? Trama pobre, enredo fraco... Patético.



Importante salientar que não sou nenhuma estudiosa do assunto. Nunca fiz nenhum tipo de curso, palestra, estudo, leitura, workshop (...) para entender de cinema. As opiniões acima expressas não têm base "científica", tratam-se apenas de palpites de uma simples espectadora que vê no cinema uma opção de lazer e, por que não, de aprendizado.

04/06/2009

Se eu fosse....

Se eu fosse um mês: Março.
Se eu fosse um dia da semana: Sábado.
Se eu fosse uma hora do dia: 09:30 da manhã.
Se eu fosse uma estação: “Estação Sé. Desembarque pelo lado esquerdo do trem.” Brincadeira, Verão.
Se eu fosse um planeta: Terra.
Se eu fosse uma direção: Em frente.
Se eu fosse um móvel: Sofá.
Se eu fosse um pecado: Preguiça.
Se eu fosse um sentido: Visão.
Se eu fosse uma pedra: Aquela do meio do caminho, a do Drummond. Sabe?
Se eu fosse uma árvore/Planta: Erva daninha. Hahahah mentira! Ipê Amarelo.
Se eu fosse uma flor: hum... acho que uma simples e bonitinha, tipo Flor do Campo ou Margarida.
Se eu fosse um clima: Tropical!
Se eu fosse um prato: Arroz, feijão cozido na hora e ovo frito com a gema mole.
Se eu fosse um instrumento musical: Trompete.
Se eu fosse um elemento: Água.
Se eu fosse uma cor: Lilás.
Se eu fosse um animal: Cachorro vira-lata.
Se eu fosse uma música: Boa noite (Djavan).
Se eu fosse um sentimento: Alegria.
Se eu fosse um lugar: Minha casa.
Se eu fosse um sabor: Doce.
Se eu fosse uma palavra: Vai.
Se eu fosse um verbo: Viver.
Se eu fosse um objeto: Controle Remoto.
Se eu fosse uma parte do corpo: Olhos
Se eu fosse um número: 7
Se eu fosse um Símbolo: ?

PS: Todas as respostas poderão (e provavelmente devem) ser alteradas a cada vez que eu responder a este questionário.

28/05/2009

Amy Winehouse passou por aqui...

...e deixou o seu acessório capilar, se assim podemos chamá-lo, cair ao chão.

Quando avistei, precisei fotografá-lo.

25/05/2009

Eu e minha mania de auto-análise...

Pensando em todos os meus relacionamentos, do ficante mais insignificante ao namoro mais longo e apaixonado, verifico em mim certos padrões de repetição.
Esses padrões vão desde o tipo de cara com quem me envolvo, passando pelo tipo de problemas que ocorrem durante os relacionamentos e culminam num mesmo padrão de términos e frustrações pós-namorico.

Mais do que verificar onde está meu erro, pude perceber o porque do erro. Sim, eu busco esses parceiros e essas situações sempre com um mesmo propósito, as vezes consciente, as vezes inconscientemente.

Agora, por favor, me explique uma coisa: Se eu já sei no que erro, já sei por que erro e também já aprendi a identificar quando os erros vêm em minha direção, por que é, pelo amor de Deus, que eu não desvio deles?? Parece que eu gooooosto de errar!

Seria isso alguma espécie de tendência autodestrutiva para relacionamentos??

19/05/2009

O tapetinho da sala e uma pontinha do meu All Star Amarelo.


"Eu ando pelo mundo
Prestando atenção em cores
Que eu não sei o nome
Cores de Almodóvar
Cores de Frida Kahlo
Cores!"
(Belchior)

12/05/2009

Acerca dos Livros Cristãos.

Sou cristã, apesar da igreja.
Mas honestamente falando, não gosto de livros cristãos.
De um modo geral, eles têm uma visão muito fechada a respeito de qualquer tema que resolvam abordar e eu acredito que o cristianismo não tem que ser assim, não tem que limitar a visão das pessoas, ao contrário, o cristianismo deve procurar expandir a visão e abrir a mente dos fiéis. A Bíblia mesmo diz que “o meu povo perece por falta de conhecimento...” (Oséias 4:6), ou seja, devemos aprender, conhecer para evitar o erro e consequentemente o perecimento.

Mas o que me irrita mesmo são as pieguices e clichês dos quais esses livros costumam ser recheados. Minha opinião.

09/05/2009

É difícil não ser igual a todo mundo.

Toda vez que vou ao Mc Donalds...

Eu:
Boa noite. Um Big Mac por favor.
Atendente: Qual bebida?
Eu: Nenhuma. Só quero o Big Mac e não o nº1.
Atendente: Aceita nuggets no lugar da batata?
Eu: Não. Eu só quero o lanche, só o Big Mac.
Atendente:
Senhora, sai mais barato pedir o nº 1 do que a batata, o lanche e o refrigerante separadamente.
Eu: Mas eu NÃO QUERO refri nem batata. Eu só quero o lanche, só o Big Mac sozinho sem mais nada.
Atendente: Ah sim. Qual bebida senhora?
Eu: *cara de putaquepariu.*
Atendente: Ah, é... a senhora quer só o Big Mac. Se eu pedir assim vai vir só o lanche. Pode ser?
Eu: É exatamente o que eu quero.
Atendente: Fica R$8,00. *Me olhando com cara de comovocêéestranha.*
Eu: Pagando e olhando com cara de *oquefoi?nãopossoquerersóolanche??*

05/05/2009

Terminada a palhaçada...

Enquanto limpava minha maquiagem diante do espelho me senti como um palhaço tirando a pintura com a qual ele se apresenta ao seu público no picadeiro.
Me senti como a atriz que, terminada a peça, vai até o camarim e tira a máscara da personagem, deixando a mostra sua verdadeira face, bem mais triste e feia do que a personagem vista por todos no palco, porém real.
Será que alguém ja sentiu a mesma coisa que eu e pensou o mesmo que eu numa merda de momento assim??

28/04/2009

Sobre mim

Inspirado nesse blog.

COMPLETE:

- Eu tenho: olheiras profundas;
- Eu desejo: passar pelo menos um mês fora do país estudando, conhecendo pessoas e lugares;
- Eu odeio: falsidade;
- Eu escuto: basicamente MPB;
- Eu tenho medo de: arriscar;
- Eu não estou: em casa;
- Eu estou: com vontade de comer um doce;
- Eu perco: a fé no ser humano cada vez que vejo certas coisas;
- Eu preciso: terminar a faculdade!!!!
- Me dói: ser pobre e saber que a probabilidade de ser rica um dia é ínfema.

SIM OU NÃO?

- Tem um diário? Não.
- Gosta de cozinhar? Sim (desde que isso não seja uma obrigação).
- Gosta de tempestades? Sim (durante a noite enquanto durmo).
- Há algum segredo que você não tenha contado à ninguém? Sim.
- Acredita no amor? Sim (estou certa de que minha mãe me ama).
- Quer casar? "Não sei" é uma resposta válida?
- Quer ter filhos? Sim.

QUAL É?

- A frase que mais usa no MSN: Trechos de músicas;
- Sua banda favorita: nunca tive uma e continuo não tendo;
- Seu maior desejo: sucesso na vida;
- 3 Lugares estranhos em que você transaria: ...

OUTRAS PERGUNTAS

- Signo: Peixes (mas não vejo a menor importância nisso);
- Cor dos olhos: Castanhos (acho que mais pra claro);
- Número favorito: 7;
- Dia favorito: 07;
- Mês favorito: Março;
- Estação do ano favorita: Verão;
- Café ou chá? Chá (preferencialmente gelado).

VOCÊ...

- Tem problemas de auto estima: Não;
- Abriria mão de ficar com alguém muito gato por respeito ao próximo: Sim;
- Iria a uma micareta: Só se fosse show da Ivete;
- Cuidaria de amigos bêbados: Depende;
- Dá toko sem problema nenhum: Depende do grau de proximidade de quem vai levar toko.

NAS ÚLTIMAS 24HS VOCÊ:

- Chorou? Não;
- Ajudou alguém? Não;
- Ficou doente? Não;
- Foi ao cinema? Não;
- Disse “te amo”? Sim;
- Escreveu uma carta? Alguns e-mails breves;
- Falou com alguém? Sim;
- Teve uma conversa séria? Não;
- Perdeu alguém? Não;
- Abraçou alguém? Sim;
- Brigou com alguém? Não.

ALGUMA VEZ VOCÊ PODERIA:

- Beijar alguém do mesmo sexo? Não;
- Saltar de pára-quedas? Não, mas de ultraleve sim;
- Cantar em um karaokê? Sim, já até cantei e adoro;
- Ser vegetariano? Não, embora quase não coma carne vermelha;
- Se embebedar? Talvez;
- Roubar uma loja? Não;
- Se maquiar em público? Quase todo dia no metrô;

27/04/2009

Sobre esse lance de ser solteira II

Que fique claro: o fato de eu estar feliz sozinha, curtindo minha solteirice e tal não anula o meu desejo de um dia, futuramente, ter alguém ao meu lado. Eu quero sim alguém legal. Não sei se quero casar, mas quero alguém bacana pra me fazer companhia, pra rir, pra chorar... mas não agora!

É uma questão de fases e eu tô numa fase de curtir minha vida SOZINHA. Talvez daqui a pouco bata uma carência ou talvez eu encontre alguém legal antes que a carência chegue, mas por enquanto eu tô bem assim!

O que me irrita é o fato das pessoas não aceitarem ou não entenderem que eu posso ser feliz sozinha. Outro dia fui a um lugar maqueada e bem vestida. Eu estava feliz, rindo e conversando o tempo todo quando uma pessoa da roda me pergunta:
_Você tá namorando?
_Não. Por que?
_Porque você tá bonita, arrumada, feliz...
_E eu não posso ser assim estando solteira?
***

Numa outra ocasião, ao postar fotinhos novas no meu Orkut, uma tia escreve o seguinte comentário em uma das fotos: "Ah! O amor...".
Sem entender muito bem o comentário questionei minha tia sobre o seu significado e ela me respondeu que eu estava bonita na foto, que até engordei um pouquinho e por isso ela achou que eu estava apaixonada ou algo assim.

Entendem?? A minha felicidade não está e nem nunca estará diretamente ligada a uma outra pessoa. Eu sou feliz porque sou feliz! Se alguém quiser me fazer feliz, será um complemento da felicidade que eu já sinto. Até porque eu acho que quando a gente não está bem com a gente mesmo, não é possível estar bem com mais ninguém.

Acho que era isso o que faltava dizer.

bjs de uma solteira feliz!

24/04/2009

5 músicas que me fazem chorar

Músicas, quando são boas, mexem comigo. Mexem de maneira profunda me fazendo resgatar coisas de dentro e de fora de mim, me fazendo imaginar sensações de momentos que nunca vivi e trazendo de volta as melhores (e as vezes piores) sensações que já vivi. As emoções ficam tão despertas que meu humor se transforma por horas e as vezes por dias.

Pensando nisso, fiz uma listinha de 5 músicas que me fazem chorar:

Não Vale a Pena (de J. e P. Garfunkel interpretada por Maria Rita)
Olhos nos Olhos (de Chico Buarque por Chico Buarque)
Tema de Não Quero Ver Você Triste (de Carlinhos Brown e Marisa Monte por Marisa Monte)
Love is a Losing Game (de Amy Winehouse por Amy Winehouse)
Vai (de Simone Saback por Ana Carolina)

22/04/2009

Sobre esse lance de ser solteira

_ Você já tem 24 e nem namora ainda! Tá na hora de arrumar alguém...
_ Mas eu não tô afim de namorar agora. Me sinto bem assim.
_ Mas ficar sozinha é muito chato!
_ Então você acha que eu tenho que estar com alguém só pra não estar sozinha? Na boa, antes só do que mal acompanhada.
(...)

É esse o tipo de diálogo que muita gente tem tido comigo ultimamente. Parece que todos entraram numa onda de sempre vir me dizer que fulano é solteiro e é bem bacana ou que eu iria adorar conhecer cicrano, ainda mais agora que ele terminou o noivado, ou que tem um primo que... e outras coisas do tipo, como se estivesse escrito “carente” bem no meio da minha testa. De fato é meio punk ver suas amigas de infância casadas e algumas com filhos, mas isso não significa que eu queira ou que eu tenha que partir pra essa vida de mãe de família agora também. Acho que tenho muita coisa pra fazer enquanto solteira ainda.

Na semana anterior a páscoa, minhas três colegas de trabalho andaram de birra com seus respectivos parceiros. Foi uma semana inteira de chororô, reclamações, promessas de que “nunca mais faço não sei o que praquele fdp” e afins. E a solteira aqui (aliás a única da sala) ouvindo todas as lamentações e pensando: “putz, como é bom não ter ninguém que me faça chorar!” Egoísmo meu? Não sei. Mas de fato é bom não ter ninguém que me faça chorar.

Segunda-feira, logo após o domingo de páscoa, chegam as três com sorrisos de orelha a orelha por terem ganhado ovos de chocolate de seus respectivos problemas, digo, cônjuges. Uma delas comentou que ouviu do marido: “comprei isso aí pra você ficar menos azeda”. A outra ouviu do esposo: “cuidado pra não engordar mais ainda, heim”. E ambas sentiram-se satisfeitíssimas em serem presenteadas com chocolate. Sentiram-se tão satisfeitas, que o chocolate acalmou os ânimos entre os casais que, nem por isso tiveram suas pendengas resolvidas e, simplesmente “estão de bem” um com o outro. Na verdade, na minha visão (talvez um pouco friapessimistarealista) elas se venderam por chocolates e esqueceram o que eles haviam feito de ruim na semana anterior.
Aí uma delas virou pra mim e disse:
_“Poxa Nath, deve ser muito ruim não ter namorado... Nem chocolate você ganhou ontem!”
A outra concordou com um sonoro
_“é verdade, tadinha”.
E eu, com a maior cara de sei lá o que respondi:
_“Por que tadinha? Namorado só serve pra dar ovo de páscoa?”
_“Claro que não! Serve pra fazer companhia!”
_“Aquele tipo de companhia que o ** e o ** fizeram pra vocês na semana passada quando vocês estavam chorando e se lamentando aqui comigo? Não obrigada! Tô bem assim.”

Elas me olharam com caras de bosta e não falaram mais nada. Devem ter pensado que eu sou chata, que eu sou amarga, que estou falando mal dos parceiros delas ou qualquer coisa assim. Mas poxa, sério mesmo, juro que não é aquele “desdém de quem quer comprar” mas se eu precisar agüentar tudo o que elas agüentaram na semana anterior a páscoa só pra ganhar um ovinho dado por obrigação, e ainda ouvir uma comentário esdrúxulo e insensível ao receber o “presente”, prefiro ir sozinha ao supermercado, gastar R$30,00 e comprar meu próprio ovo!

Sem contar que estando solteira eu vou pra onde quiser e ninguém me enche o saco, saio com qualquer amiga sem ter que ouvir “você sabe que não vou com a cara dela”, posso usar saias, decotes, cabelo solto, cabelo preso, esmalte vermelhos (...) sem ouvir o famoso “Você vai assim?!?”, posso sorrir e cumprimentar quem eu quiser no corredor do shopping sem ter que explicar que o cara trabalha comigo ou que estudamos juntos em não sei que série dentre outras coisas mínimas porém inumeráveis e desagradabilíssimas. Trauma? Chatice? Antisociabilidade? Não sei. Só sei que só de pensar nessas coisas me dá uma sensação imensa de prisão e de infelicidade.

Tudo bem que ser solteira nem sempre é fácil. Sábado por exemplo fui a um casamento e passei frio com vestido de alcinha sem que ninguém me oferecesse um terno ou ao menos um abraço. Todos os casais de amigos presentes na festa foram embora cedo e eu fiquei lá, sozinha na mesa. Levantei e fui pra pista dançar. Mas... com a bolsa na mão? Deixo com quem então? Fiquei sentada mais um pouco pensando no que fazer para me divertir, sem companhia, sem papo, com frio. Depressivo, né? Optei por ir embora também, super cedo por sinal e um pouco triste.

As vezes rola uma vontade de pegar um cinema ou sair pra comer e nessas horas nenhuma amiga pode ir com você porque estão todas ocupadas com seus pares. Sem contar que a gente acaba aprendendo a ser meio macho pra certas coisas... Se bem que pra mim, ser solteira não é difícil nesses aspectos. Sempre tomei decisões sozinha, sempre dirigi, sempre subi 4 andares carregando sacolas pesadas, sempre paguei contas, sempre me virei e realizei tarefas que normalmente as mulheres dividem com os homens. Mesmo namorando acho que sempre fui muito independente, o que inclusive chegou a incomodar bastante um ex-namorado.

Falando em ex-namorado, acho que as minhas experiências amorosas (ou desamores?) contribuem -e muito- pra que eu seja tão convicta da minha solteirice. Sou mais feliz e mais completa sozinha. Para mim, estar junto nunca significou estar acompanhada, sempre me senti sozinha, arrastando um peso comigo... por isso me desfiz do peso, e passei a caminhar mais facilmente, sem nada que me prendesse.

A solteirice por opção tem me proporcionado prazeres muito maiores do que qualquer namoro já proporcionou. Dizem que “o primeiro e único amor, é o amor próprio” e esse me tem feito muito bem. Estou feliz, coradinha, mais cheinha (e pra mim isso é uma benção!), com muitos amigos (que nem sempre podem me acompanhar mas que ainda assim são bons amigos), tô curtindo minha liberdade, minha vida, tô ME curtindo. Enfim, é isso: estou sozinha e estou bem. E pode deixar que na hora que eu quiser alguém, eu mesma me encarrego de procurar, viu?

Beijosmeliguem, afinal, eu to solteira! rsrsrs

18/04/2009

Aquele cartaz da Alemanha...

E se eu aceitasse a idéia daquele convidativo cartaz e fosse pra Alemanha?
E minha mãe e irmão? Não sei se a grana pagaria as contas. Não sei se a grana pagaria o peso de ser uma mulher latina sozinha na Europa...

Se eu vir que não rola, volto pro Brasil e ponto final. Mas... e pra arrumar outro emprego aqui? E a facul? AAAAaaaaaaaaaaii!!!! Sempre me prendendo a essas questões...
Mas talvez lá eu estaria tão presa quanto aqui. Talvez...

Tentar não custa. Ou talvez custe um precioso tempo da minha vida e meu emprego também.
Como saber se eu não fizer?

Talvez eu encontre o que eu procuro, ou ao menos encontre o caminho para continuar a procurar. Ou talvez o Vercillo já tenha me respondido quando disse que "o eterno aprendizado é o próprio fim". É, o eterno aprendizado É mesmo o próprio fim, gosto dessa idéia.

Quanto a me arriscar nessa viagem...

17/04/2009

Lembrei outra vez...

Tem coisas que a gente não quer pensar mas não tem jeito... simplesmente quando menos esperamos, estamos pensando.
É como na música da Vanessa da Mata: "Peço tanto a Deus para lhe esquecer, mas só de pedir me lembro."

Não, isso não é paixonite (ou é?), mas tem coisas que são assim e ponto.

14/04/2009

É de verdade, juro!


Não copiei de nenhum site pela net, não scaniei de nenhum folheto de agência de turismo e nem fiz a foto e a modifiquei com programas de tratamento de imagem.

A luz perfeita é a luz do sol. A combinação perfeita de cores foi feita pela natureza. O conjunto rio-montanha-mar já estava lá, não fui eu que reuni pra fazer a foto. É tudo do jeito que tá aí e ponto.

A foto foi feita por mim numa máquina fotográfica comum. O lugar é que não é comum...
(06/04/09)

Tudoaomesmotempoagora (29/03/09)

Tô sentindo uma necessidade enorme de colocar alguma coisa pra fora, de escrever pra desabafar. Tantas coisas me aconteceram... E algumas continuam a acontecer. Isso tudo mexeu comigo.
Os sentimentos estão muito desorganizados dentro do meu peito e a desorganização é tanta que não os consigo distinguir com clareza. Não sei exatamente o que eu penso, o que eu sinto, não sei o que eu posso esperar e planejar daqui pra frente por que não entendo o que aconteceu.
Tem uma imensa ansiedade de conseguir o que eu quero misturada com uma pontinha de desesperança. Tem uma sensação de não saber o que eu quero. Tem uma alegria eufórica e entusiasmada que não se desgruda da noção de realidade, noção essa que me faz perder a euforia e por os pés no chão. É tudo tão lindo que talvez não seja real. Tem um pouquinho de tristeza que cria uma névoa entre meus olhos e a sensação de satisfação pelos acontecimentos recentes. Tem uma certeza firme de que é isso que eu quero pra mim. O sabor do novo me faz flutuar, leve e solta, enquanto a responsabilidade exerce uma força mais forte e mais poderosa que a força da gravidade. É bom, mas é ruim.
Sei lá! Tem isso e muito mais, queria escrever mas não sei como. Não dá pra expressar algo que eu não sei o que é. Me sinto um tanto barroca. É o carpe diem de um lado e os valores tradicionais do outro. Praticamente um teocentrismo medieval e um renascimento classissista dentro de mim. tudoaomesmotempoagora. Tudo forte, contante, intenso, pulsante. É visceral.

"Infelicidade é uma questão de prefixo." Guimarães Rosa

E, na minha vida, o prefixo está em desuso.Experimentei uma felicidade sem prefixo, sem pretexto, sem quês, sem porquês. Ser feliz por ser feliz. E só. Pro meu próprio bem, sem depender de nada nem de ninguém.
Uma felicidade simples, pura.Sem ser feliz para mostrar minha felicidade. Sendo feliz pelo fato de ser feliz.
Achei que tivesse sido fogo de palha. Mas não. Tá aqui, firme e forte a minha infelicidade sem prefixo. E me fez bem, me fez muito bem!
(Postado em 09/03/09 no meu blog antigo)

Menção honrosa à menção honrosa

De quando em quando, uma vez por semana para ser mais precisa, entro nos blogs que acompanho para ler as atualizações e procurar outros blogs interessantes. Hoje foi dia.

De manhã entrei no blog Garota no Hall. Haviam 3 novas postagens. Li todas. A última que li foi a mais interessante pois estava "comentando o que foi comentado" no blog dela.

Eu me vi ali. Sim, me vi ali; e dessa vez não é no sentido figurado, não foi questão de identificação com o que estava escrito. Era eu de verdade, ou melhor: um comentário meu sendo honrosamente mencionado pela Garota no Hall. Fiquei feliz!

(Publicado em 04/03/09 no meu blog antigo)

Terminei de ler "Noites Brancas" do Dostoiévski.

Sempre ouvi excelentes críticas sobre o autor, mas nunca havia lido nada dele. Resolvi começar por Noites Brancas porque é um conto, e portanto é curto, e porque li que o causo escrito era meio que auto biográfico, donde concluí que seria possível, através dessa leitura, conhecer um pouquinho da essência do autor.

Não gostei. Mas também não posso dizer que desgostei. Simplesmente não me trouxe nada, não me causou sensação nenhuma. É bem escrito, mas um tanto cansativo. É Realismo, e como quase tudo o que é real tem um final infeliz; e eu gosto disso. Mas desse final eu não gostei. Enfim, não me fez diferença alguma essa leitura.

Apesar disso não desisti de Dostoiévski. Quando me der vontade e quando eu tiver tempo, leio alguma outra obra dele.

(Publicado em 27/02/09)

Um comentário

Quanto stress! Quanta comoção da galera!

Já tem gente até chamando o Rafa de retardado e dizendo que ele tem a intenção de nos enganar. As pessoas estão levando tudo muito a sério... Isso faz mal pro coração e pra alma! Meu, ele tá no blog dele e portanto escreve o que quiser. Quem não gostar do conteúdo tem total liberdade de deixar de ler. Claro que como fãs, admiradoras e tudo mais, nos preocupamos com a integridade dele, mas insultá-lo, julgá-lo e condená-lo por um crime que se quer sabemos se ele cometeu, já é demais.

O Loreno, sendo real ou não, serve como reflexão para todos nós. E isso basta. Invenção, conto, realidade, maluquice, desvio psicológico, desabafo... NÃO IMPORTA! Se viemos até aqui, lemos, aompanhamos, e principalmente se gostamos do Rafa e do trabalho dele, precisamos, acima de tudo, RESPEITAR e procurar curtir e aprender com o lado bacana dessa história!

Bjs!

(Postado em 18/02/09 no meu blog antigo)

Recado dado!! (17/02/09)

"Abraça tua loucura antes que seja tarde demais"
(Caio Fernando Abreu)

Museu da Língua Portuguesa


A foto foi tirada de dentro do ônibus, em algum lugar entre a Barra Funda e a Lapa.
Acho lindo o reflexo que essas luzes amarelas de poste fazem nas calçadas e nas fachadas de prédios. O reflexo fica ainda mais bonito nas poças d´agua que se formam nas ruas esburacadas e nas gotinhas de chuva que ficam nos vidros dos carros.

Sábado peguei uma chuva daquelas. Levei HORAS, mais de 3 certamente, para fazer um caminho que poderia ter sido feito em 50 minutos ou 1 hora. Fiquei literalmente ilhada dentro da estação Barra Funda por mais de 1 hora. O pior é que no fim das contas não consegui pegar o trem. Tive que pegar dois ônibus (além do metrô que já havia sido usado da Luz até a Barra Funda) pra chegar em casa.
E tudo isso por que?? Porque São Paulo parece ser feita de açúcar, não pode cair uma gota d´água sobre a cidade que tudo se desmancha. Tá, não foi só uma gota d´água, foi na verdade uma chuva pesada e demorada. Mas o que importa é que, forte ou fraca, garoínha ou toró, a chuva sempre deixa São Paulo um caos e que sábado a noite a cidade pareceu se desfazer, e eu, que saí do museu as 18hs, cheguei em casa pouco depois das 22hs.

Sim, museu. Fui ao Museu da Língua Portuguesa. (Aí está a relação entre o título do post e a foto. Eu a tirei quando voltava do museu). E que lugar maravilhoso! Foi a minha segunda visita a esse museu, e nesta vez não me maravilhei menos que na primeira.

Quando o Museu da Língua Portuguesa foi inaugurado, fiquei imaginando o que é que seria exposto alí, já que o acervo, a língua portuguesa, é algo imaterial e portanto não pode ser colocada dentro de uma vitrine ou pintada em quadros e exposta ao público. Seria então uma espécie de museu histórico que nos mostraria o nascimento e desenvolvimento da língua? Quase isso. Minha imaginação foi pelo caminho certo, mas passou longe da genialidade dos idealizadores e realizadores do museu.
Alí as coisas são mais simples do que se imagina e nem por isso menos maravilhoso do que possa parecer. O modo como tudo alí foi preparado, disposto e apresentado ao público é fantástico. O fato do museu não ter aquele aspecto grave, de coisas intocáveis e conteúdos inatingíveis o torna muito diferente e muito mais divertido do que outros museus. Tudo alí é interativo, moderno. O visitante participa da exposição e inclusive pode manusear parte do que está exposto, o que torna a visita lúdica, didática e interessantíssima tanto para adultos quanto crianças.
O Museu da Língua Portuguesa tem três andares. Em dois deles conta com um acervo permanente e em um abriga uma exposição, que é trocada de tempos em tempos, sobre algum escritor (da língua portuguesa, é claro). O autor da vez é nada mais nada menos que Machado de Assis. !!!!!!!!!! Sem palavras pra expressar o quanto eu gosto dele e o quanto a exposição está linda.
A Exposição, que leva o nome de "Mas este capítulo não é sério", nos aproxima do homem e do escritor Joaquim Maria a medida que vai desconstruindo a imagem de "medalhão" e de "imortal" que existe em torno dele e de sua obra respectivamente. Não que Machado não tenha sido um medalhão, menos ainda que sua obra não seja imortal, mas, apesar disso, nem o escritor nem a sua obra são inatingíveis e a exposição nos mostra exatamente isso quando nos apresenta a atualidade, a humanidade, a ironia e a divesão contida na obra Machadiana.

Isso pra mim parece ambíguo e contraditório, pois quanto mais conheço Machado, mais percebo sua humanidade, sua simplicidade e, ao mesmo tempo, percebo sua grandeza, sua genialidade. Quanto mais eu leio sua obra, mais percebo como sua escrita é simples e fluida e ao mesmo tempo complexa e rebuscada. Que difícil e delicioso!

Ainda sobre a exposição, ela foi organizada e dividida em capítulos, como se fosse um grande livro a ser lido e descoberto pelo "visitante-leitor". Esse grande livro segue a mesma linearidade e o mesmo estilo que "Memórias Póstumas de Bras Cubas". Digo o mesmo estilo em ralação a metalinguagem, a ironia, a conversa com o leitor (nesse caso visitante).
Ficar aqui, tentando explicar o inexplicável a quem me lê, não leva a nada. É impossível descrever um sabor com exatidão, e a obra de Machado é saborosíssima. Posso dar todas as referências técnicas da exposição e da obra desse meu querido autor, mas nunca serei capaz de fazer nascer no meu leitor o sentimento que é desperto através da obra machadiana e que a exposição me fez reviver. Desse modo, parafraseio Antonio Candido e vos digo: "O melhor que posso fazer é aconselhar a cada um que esqueça o que eu disse (…) e abra diretamente os livros de Machado de Assis.". Então, experimente e descubra você mesmo a delícia do sabor que lhe falo. Isso é tudo!
(Publicado em 10/02/09 no blog antigo)

Análise (escrita em 01/01/07)

From: Nathália xxxxxx@xxxx.com.br
Date: Mon, 1 Jan 2007 21:46:53 +0000 (GMT)Subject: Re: Analise
To: Gleison Brito xxxx@xxx.com

"Numa moldura abstrata do pensamento, teu sorriso, figura indelével. O tempo só o pode tornar mais belo." (Gleison Brito)
Nathália, analisa e avalia prá mim. Se der peça uma segunda opinião. Bjo!

Bom, é muuuito difícil fazer uma análise, é algo tão pessoal...Muitos sentimentos são indescritíveis, principalmente através depalavras. Mas vamos lá.

Não sei bem que tipo de análise vc gostaria mas eu vou a fazer aminha análise do jeito que eu gosto. Minha primeira impressão foi associar com a musica do Djavan, sabe? Ladeirinha: "o dia é vago quando não a flagro a sorrir para mim...". Então, nãosei se vc se inspirou nela ou se é viagem minha, mas achei grandesemelhança. Talvez o indelével tenha me levado a essa comparação.

Eu nao sabia o que significava indelével e, vergonhosamente, não tenhodicionário em casa. Fiz agora uma busca num dicionárioon-line e descobri. Mas vamos à análise:

"moldura abstrata do pensamento" = pensamento recorrente, imagem,sensação que sempre vem a tona e qdo a gente se dá conta já estápensando naquilo outra vez, já esta sentindo aquilo outra vez, mesmoque seja sem querer. Algo que não á real, que não se vive, que não se vê. É como umafoto que faz parte do passado e que registra uma cena que jamais serepetirá, mas toda vez que vemos esta foto temos a sensação de serreal, de vivenciar o momento e isso nos tras uma sensação gostosa. Essa é a "moldura abstrata do pensamento".

"teu sorriso, figura indelével" = é mais ou menos a foto que nuncamuda. Esta ali um registro fixo, de um dia um dia fixo, num momentofixo, mas é como se esse momento fosse infinito. Esse sorrisoimutável no pensamento é atual, é presente. É desejável sentir ouviver aquilo novamente. É sublime.

"O tempo só pode tornar mais belo". = Dá uma idéia de quereresquecer e nao conseguir. O tempo deveria apagar esse pensamento, mas aquilo é mais forte enão pode ser apagado pelo tempo. O tempo só faz torná-lo mais belo econsequentemente mais desejável.

Falando de uma maneira geral, seu verso e leve e simples, mas aomesmo tempo que é simples é complexo e tras várias sensações que nãopodem ser descritas numa primeira leitura. Eu li várias e várias evárias vezes até conseguir encontrar palavras que mais ou menospudessem transmitir o que eu pensei e senti ao ler.Espero ter sido clara.

bjos
Nathália

Gostei e cliquei

No Mc Donalds da Pamplona

Tudo passa...

Parece que eu estou me fazendo de vítima novamente, mas... poxa vida, por que é que isso sempre acontece comigo?? É como eu li quase agora no Blog do Tas: "O mundo muda e continua o mesmo há muito tempo."
Pelos acasos inexplicáveis da vida conheço alguém. Aos poucos nos aproximamos naturalmente, ou por causa da convivência, ou por causa de afinidades, ou seja lá por qual motivo for. Cria-se uma amizade ou simplesmente uma relação de coleguismo. Trato bem e sou bem tratada. Tudo normal.
Depois de um tempo ouço dizer que a fulana falou que eu..., que a fulana acha que eu..., que a fulana... “Não, a fulana não diria isso”, pensa a tonta aqui. “Fulana e eu não somos lá grandes amigas, mas nos damos bem. Não haveria motivos pra essa falação!”.
Ignoro, deixo passar. Coisa boba, sem razão. Continuo levando minha vida e esse relacionamento normalmente.

Quando menos espero começam as acusações descabidas, as mentiras deslavadas os joguinhos sórdidos, a difamação... os "amigos" acabam por se afastar. O complô vem e vem completo!
Eu sempre chego pra conversar, eu sempre tento saber o porque disso tudo e sempre ouço "é porque eu sempre te odiei" ou "você nunca gostou de mim, fez de tudo pra me prejudicar e agora vai ter o seu troco". !!!!!!

Meu, até ontem conversávamos normalmente, nos tratávamos bem. Me falaram que ela falou mal de mim e eu ainda a defendi. Como dizer agora que eu nunca gostei dela e quis prejudicá-lá??? É sempre assim. E a troco de que????

Pois é, a troco de que?
Uma vez, há uns 8 anos, quando isso me aconteceu pelas primeiras vezes, em uma das nossas “pautas”, o Gleison me disse que essas coisas acontecem comigo por ciúmes, inveja. Na época achei um exagero da parte dele. Afinal, inveja do que? É descabido! Se eu fosse lá grandes coisas... mas eu... enfim.
Mas o tempo passou e de lá pra cá essa mesma situação se repetiu mais umas 6, 7 ou sei lá quantas vezes, com umas 6, 7 ou sei lá quantas pessoas diferentes. Algumas vezes foi quase sem importância mas em outras... que coisa mais visceral! A dor da alma quando é muito forte faz com que o corpo doa também. Tive manchas pelo corpo, crises de choro, emagrecimentos inexplicáveis, minhas unhas se quebraram... e como meu peito doía!
Bem, ainda bem que tudo passa, né?
Passou. E eu recuperei todos os quilos perdidos, já ri sete vezes mais do que chorei, tenho longas unhas (pintadas de pink, começando a descascar, neste momento). O sofrimento passado me moldou e me mudou. Minha personalidade é outra, melhor que a anterior eu acredito. Bem mais forte pelo menos. Meus anceios e desejos, meu modo de ver as pessoas e ver a vida se transformaram porque eu me transformei. Nada nem ninguém passou batido durante essa minha caminhada.
Ganhei experiência, me fortaleci, aprendi, cresci. Afinal, a massa do pão só cresce depois de sovada, não é mesmo? hehe

Essas pessoas parecem lutar pela nossa infelicidade pelo fato delas próprias serem infelizes. Hoje concordo com que o Gleison me disse anos atrás sobre a inveja. Uma vez ouvi que "a maior vingança é ser feliz". Mas parece que é isso mesmo, sabe? Sou sempre taxada de tonta porque nessas situações eu me calo. Aí eu ouço: "você não vai fazer nada?", "Eu se fosse você, ferrava com a vida dela", "Tem sangue de barata mesmo, ah se é comigo...". Mas a minha felicidade é o maior desprazer de quem me quis infeliz. E eu sou feliz!

Todas as vezes que alguém se levantou contra mim eu me calei. E quer saber? Não me arrependo! Tenho alguém por mim, que é fiel. E no mais, esse tipo de gente cedo ou tarde acaba se contradizendo, acaba por se enforcar com a própria corda. E eu? Tô de pé!

Pode ser (e é muito provável) que outros incidentes desse tipo ainda ocorram, mas eu sei que vou me reerguer depois de cada um deles. E a cada vez que eu me levanto, eu me levanto outra. Me levanto com uma força, que eu não sei explicar de onde vem. Aliás eu sei sim de onde vem essa força: vem de Deus. Tão somente de Deus. E isso me basta.

(Publicado em 04/02/09 no meu blog antigo)

13/04/2009

Djavaneando

E em tons tristes. Na verdade mais de tons tristes e menos de Djavan.
Mil vezes "Dupla Traição", "Santa Chuva" e "Diz Que Fui Por Aí".


Fossa!

"De repente fico rindo a toa sem saber por que"


"E vem a vontade de sonhar de novo te encontrar
Foi tudo tão de repente, eu não consigo esquecer"


heheheh

Começo meu post com Bethânia porque além dessa música magnífica não sair da minha cabeça desde ontem a noite, ela expressa um pouquinho do que eu vou falar. Talvez (na verdade muito provavelmente) eu não consiga expressar aqui, com exatidão ou no mínimo clareza, o que eu quero dizer porque além de ser dificílimo descrever sensações e sentimentos, ainda mais através da escrita, é tudo meio confuso e eu tô muito feliz, muito contente, muito... eufórica! Acho que essa é a palavra, eufórica.

Tô numa euforia quase adolescente! No último dia 22/01, também conhecido como ontem, fiz algo que eu nunca tinha feito em toda a minha vida.
O que eu fiz não combina nem nunca combinou em nada com a minha personalidade. Nunca me imaginei fazendo algo parecido e, olhando para trás, ainda não acredito muito bem no que eu fiz. hahah Tô parecendo a Clarice Lispector em "A Hora da Estrela", tô totalmente metalinguística, converso com o leitor, falo de mim, falo do que eu quero contar, falo de como contar... mas não conto logo de uma vez! Vamos então a minha Macabéa, direto ao ponto: Eu aguardei quase duas horas por um bate papo entre um artista e seu público, me propus a disputar espaço com menininhas semi histéricas de 15 anos que são fãs do cara, acompanhei e participei de todo o bate papo que durou pouco mais de uma hora e, para finalizar, esperei entre tantas outras numa fila imensa para entregar uma cartinha que eu fiz (!) e tirar uma foto com o tal cara. Juro mesmo que me senti idiota.

Me senti idiota porque, como já disse, isso não combina nadinha comigo e eu fui ao tal bate papo achando na verdade que pouco haveria alí de bate papo, que tudo se resumiria em fãs enlouquecidas e depois um cara metido a besta autografando e tirando fotos. Ledo engano. Valeu a pena ter ído!!! Valeu totalmente a pena! Me surpreendi com o público que, de modo geral, soube se comportar e participar do bate papo com perguntas pertinentes. O barulho do café que havia ao lado do palco, trouxe certo incomodo para nós ouvintes e para ele que certamente se preparou para aquele momento e demonstrou-se frustrado com a falta de respeito pela sua arte. Houve uma briga entre o tintilhar (essa palavra existe?) de xícaras e colheres o o dedilhar do violão.

Mas o fato é que pouquíssimas pessoas me atraem ou já me atraíram a ponto de eu ir atras, dispor do meu tempo e querer ouvi-lo. Admiro o trabalho do cara, admiro sua personalidade, seus gostos, o modo como ele fala e, principalmente, o modo como ele escreve. Me identifico com ele. Pode parecer bobo, adolescente demais, mas é sério mesmo! Nunca fui fã de blogs, mas o dele eu gosto muito de ler. É inteligente. Inteligentíssimo como diria José Dias (o agregado em "Dom Casmurro"), e para mim isso já é quase tudo. Pessoas inteligentes são, quase sempre, admiráveis, e ele além de tudo é artista... putz! Acho que já escrevi aqui alguma coisa sobre a minha opinião em relação aos artistas, principalmente músico e escritores. (Por artista entenda-se aquele que faz arte, não necessariamente famoso).

Sobre o bate papo: Achei brilhante o paralelo que ele construiu entre Machado e "Nessa Rua" tocado naquela versão. Gostei mais ainda da licença (e criatividade) poética que ele usou para interpretar através da música "O Velho Diálogo de Adão e Eva" e o "De Como Não Fui Ministro D´Estado", dois capítulos de Memórias Póstumas de Bras Cubas (meu livro favorito junto com Cem Anos de Solidão, do García Marques). Sou fã das obras Machadianas. Tudo o que é BEM feito em relação a Machado e sua obra, me emociona e "O Velho Diálogo de Adão e Eva" feito por ele me emocionou.

Acho bacana a consciência que ele demonstra ter a respeito do seu papel enquanto formador de opinião, enquanto pessoa pública em quem muitos acabam se espelhando. Sempre me pareceu que ele faz uso de seu papel público com muita responsabilidade e com muita propriedade, tentando incutir em suas fãs bons hábitos musicais, hábitos de leitura, hábitos de higiene e de cultura de um modo geral. A parte da higiene é brincadeirinha... heheh. Mas o que importa é que ontem constatei que tudo isso é verdade, tudo isso e muito mais. Não vi nele aquela demagogia chata, aquela coisa de obrigação em cumprir um papel social. Não fosse o fato de haver flashs, jornalistas, fãs com cartas quilométricas e toda essa parafernália, ele me pareceria uma pessoa absolutamente comum, como eu e você. (eu sou comum?!?)

Poxa! É legal saber que ainda tem gente que estando em posição de destaque não se use disso só para o próprio crescimento, e que não aja com arrogância ou soberba em relação aos demais. Digo que constatei tudo isso porque ao término do bate papo, enquanto as mais afoitas corriam para tirar fotos e pedir autógrafos, sentei-me na beira do palco e comecei a escrever a cartinha que mais tarde entreguei em suas mãos. Sentada na beira do palco pude acompanhar bem de perto o modo como ele atendia a cada um que chegava, pude até em alguns casos ouvir as conversas. Simpaticíssimo!
Mas o melhor é que eu mesma pude conversar com ele. Sim, eu conversei com ele! E como estou feliz por isso... Aliás não só eu falei com ele, minha mãe também falou pelo meu celular. Ele disse à ela que eu era muito bonita (imagine meu sorriso indo de orelha a orelha...) e minha mãe respondeu que árvores boas dão bom frutos.
Conversei com ele por um tempinho considerável. Ai! O vocabulário rebuscado não é fruto de roteiros bem escritos, o jeitinho charmoso não é para a televisão, as tiradinhas inteligentes também não são de mentirinha. Ele é todo assim, de verdade verdadeira. E ele foi tãaao atencioso comigo! Tirei foto, abracei, beijei, entreguei a tal cartinha, elogiei o fato do papo ter rolado num nível legal, disse que gostei da temática machadiana, ele perguntou se eu trabalhava por ali mesmo (acho que essa pergunta rolou por causa do modo como eu estava vestida), perguntou quantos anos eu tinha, dei minha opinião sobre o blog, ele concordou numa coisinha, deu o parecer dele em outra, fez um comentário aqui, eu fiz outro acolá, blá blá blá... e mais um monte de coisinhas que só são interessantes pra mim. Coisas que me deixaram na maior empolgação. Ai, ai! Ele sabe como fazer uma fã feliz! rsrsr
Quanto a idéia de galã... Sim, ele é meio galã! Mas sinceramente achei que foi muito mais tipo do que da personalidade dele. Eu diria 40% personalidade, o restante era tipo. Uau!! Agora que me dei conta de que estou aqui toda empolgada dizendo que ele isso, ele aquilo, mas não disse quem é ele! Ele é o Rafael Cortez, jornalista, ator, violonista e repórter do CQC. Acho que a fotinho entregou, né? Essa fotinho foi tirada no dia desse nosso encontro... Ai, ai!
(Publicado em 23/01/09 no meu blog antigo)